Extrema direita afia suas garras

 


Nessa gangorra entre o bolsonarismo e o resto, não há dúvida de que a decisão da Câmara de manter a prisão de Daniel Silveira – subitamente alçado a celebridade – foi um alívio.

Porém, quem acha que essa pequena vitória ajuda a desestabilizar a extrema-direita, se engana. Ela continua  a usar e abusar de suas redes de disseminação de fake news.

Partimos pelo banimento de várias plataformas de Trump . Ponto para a turma dos 70%. Aqui, a Terça Livre, de Allan dos Santos, também foi banida pelo YouTube, além das contas de Silveira no Facebook, Instagram e Twitter, por ordem de Alexandre de Moraes. Mais pontos para o lado de cá.

Enquanto isso, a extrema direita, como os delirantes QAnon, partiu para a rede social Parler. Só que a Amazon cancelou seu contrato com a rede e esta passou um mês fora do ar. A tropa de choque rumou, então, para o Telegram. 

Um estudo do site Aos Fatos mostrou que a visualização compartilhada por esses canais aumentou cinco vezes em um mês. Feito praga, saltou de 27,7 visualizações em dezembro de 2020 para 134,6 milhões em janeiro. Entre as 10 mensagens mais acessadas, quase um terço era de fake news.

Já a rede Núcleo analisou mais de 600 mil mensagens de 12 mil pessoas por um mês, nos 15 principais grupos influenciadores da extrema direita, entre eles, o de Bolsonaro, o mais parrudo, com 420 mil membros. 

Seu objetivo é mobilizar a ação dessa tropa em outras redes. O Núcleo detectou mais de 1.500 arquivos de mídia e quase 200 mil links diferentes dessa galera, sendo 44% no YouTube, 12% no Twitter e 5% no Facebook.

É pelo Telegram que se dá a coordenação dos bolsonaristas, que conquistam novos seguidores pela rede de vídeos. O Núcleo e a Novela Data constataram que o banimento do Terça Livre nem fez cosquinhas entre os militantes. 

Isso por conta da estratégia, adotada no início de 2020, de atrair novos youtubers bolsonaristas devotos à causa, para que eventuais dissidências não afetem o conjunto. E novos canais bolsonaristas continuam a frutificar.

Ou seja, não se enganem. A atividade da extrema direita, que encontrou nas redes sociais seu terreno mais fértil, continua a todo o vapor. (Fonte: Meio)     


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