O que dizem os números


 Enquanto a média de infecções pela Covid-19 caiu cerca de 45% no planeta, entre janeiro e fevereiro, no Brasil foram 2,1 milhões de novos casos nos primeiros 44 dias do ano. Agora, ultrapassamos a barreira dos 100 milhões de infectados, que podem ser o dobro, segundo as secretarias de Saúde. 

A média diária foi de 48,5 mil casos e 43.583 óbitos no mesmo período, e 991 mortes diárias. No sábado de carnaval, 11 estados tinham tendência de alta e apenas cinco, de queda.

As causas dessa situação catastrófica só não vê quem não quer. Assim como Trump, Bolsonaro poderia evitar muitos dos quase 250 mil óbitos se não tivesse menosprezado a gravidade da pandemia, adotado o negacionismo e remédios ineficazes e sabotado o poder de fogo – sim, essa seria uma linguagem que ele entende - do ministério da Saúde.

O quê ele fez quando assumiu o novo presidente da Câmara? Cobrou urgência na medida provisória que sobe para seis o numero de armas que cada cidadão pode ter em casa.  

Esse mês o planeta observou a mais expressiva redução no número de infectados desde o início da pandemia. Os EUA, que ainda lideram os novos casos e óbitos, observaram uma queda de 300 mil em janeiro para 100 mil de infectados até 13 de fevereiro. Mágica? Não. Vontade política. 

Ao assumir o governo, Joe Biden começou a organizar um esforço de guerra – este sim – contra a Covid-19. Em menos de um mês, a média de novos casos caiu de 270 mil para 90 mil, e a de óbitos diários, de 3,5 mil para 2,5 mil.

A Índia, que tinha uma média de 95 mil novos casos no início de setembro de 2020 caiu a 11 mil em 13 de fevereiro. Já a média de 60 mil casos do Reino Unido desceu a 15 mil em um mês. Portugal, que viu os casos saltarem de 3 mil para 12 mil em janeiro, voltou aos 3 mil casos em 13 de fevereiro.

Isso, porém, não quer dizer que a guarda deva seu baixada. Nos primeiros 44 dias do ano foram 25 milhões de novos casos e 573 mil mortes no mundo.

Aqui, a média diária de 50 mil infectados em janeiro caiu para 45 mil em 13 de fevereiro, e os 14 mil óbitos diários a 12 mil no mesmo período. (Fonte: site Colabora). Ou seja, todo cuidado ainda é pouco.

E no que depender de Bolsonaro, a vida dos brasileiros continuará a ser jogada às traças. O presidente vetou a transformação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), proposto pelo Congresso, em fundo financeiro, sem contingenciamento. Assim, condenou nosso desenvolvimento à estagnação.

Para quê desejar vacinas e avanços científicos se o país pode se armar até os dentes? O que fazer com isso? Operacionalizar milícias para dar continuidade a esse governo nefasto.

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