De quem é a culpa?

 


Me lembro quando meu marido, que trabalha com equipamentos de cozinha, relatou o comportamento de Pazuello em reunião com empresários que ofereciam facilidades para aquisição de equipamentos de refrigeração e viabilizariam a compra da vacina da Pfizer. 

O então ministro da Saúde nem quis escutar o que lhe diziam.

Realmente não restam duvidas sobre a incompetência de Pazuello para agir em favor da vida, e não da morte, que seria sua especialidade profissional enquanto militar. 

É de se estranhar, porém, a denúncia do O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten à Veja, atribuindo a Pazuello 100% da responsabilidade pela tragédia no combate à Covid-19 e isentando o presidente de qualquer responsabilidade. Justo quando Bolsonaro começa a sentir no cangote o bafo quente da CPI da Pandemia.

Wajngarten foi exonerado em março, após voltar da viagem a Israel que consumiu R$ 440 mil dos cofres públicos – fora os gastos com o avião da FAB –, em busca de um spray milagroso (como a cloroquina), ainda inexistente. 

O argumento de Bolsonaro para a exoneração foi a incapacidade do subordinado em respeitar a hierarquia, por conta de suas brigas com generais e com a imprensa.

Wajngarten afirmou que a compra de vacinas oferecidas pela Pfizer – a U$ 10, muito menos que os U$ 30 que custaram a Israel – não ocorreu por "incompetência e ineficiência" da pasta da Saúde.

 Quem não se lembra do comentário de Bolsonaro, de que os imunizados com a vacina da Pfizer poderiam virar jacaré? Do desdém com que ele se referiu à Coronavac, a primeira a chegar ao país e da garantia de que não iria se vacinar?

Será que o ex-assessor, como um tapa na cara, quis provar a Bolsonaro seu respeito pela hierarquia? É fácil culpar o obediente Pazuello, mantido tanto tempo no cargo pelo simples fato de obedecer as ordens do chefe. 

Agora, isentar Bolsonaro beira o ridículo (ou foi jogo de cena?). Para o Planalto, a entrevista foi uma canalhice de Wajngarten, já cotado para depor na CPI.

Ontem, em sua live semanal, o presidente comentou: “É impressionante como só se fala em vacina, né?" Por que será? Quem arriscaria uma opinião sobre esse súbito interesse?

 

Comentários

  1. Diria que o que esse ex(nem tanto)- assessor diz não se escreve e que puxado pela goela na CPI poderá dizer mais do que nessas declarações ridículas e mentirosas. O que a CPI não poderá perder de vista é a declaração de Pazuello (esse general intendente pateta) de que uns mandam e outros obedecem, o que deixou claro que o general deixou claro que quem manda e determina as regras é o Bolsonaro (desculpe, digo, bozo) logo é esse canalha o verdadeiro o autor intelectual (de intelectual o bozo não tem nada), que determina as linhas básicas e bárbaras que o governo executa na pandemia. Assim como em Nutenberg os comandantes nazistas foram condenados, seus subordinados também enfrentaram os pelotões de fuzilamento. Todos são culpados desse genocídio que como as chamas nas florestas lambem a vida dos brasileiros. Isso não pode ficar impune. Esperamos que o Congresso imparcialmente indicie os culpados do genocídio que poderá chegar a 500 mil ou milhão de mortos e que o processo que o Tribunal Internacional de Haia está estudando faça sentar esses crápulas no banco dos réus e os condene.

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    1. Concordo. Sâo todos culpados, mas o culpado mor se chama Bolsonaro

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