Que prevaleça a verdade
Nunca imaginei que um dia torceria por Renan Calheiros. Neste momento, contudo, não resta dúvidas de que ele é o homem certo para o lugar certo.
Talvez
dos poucos, como redator, capazes de trazer resultados à CPI da Pandemia, com sua
experiência como ex-presidente do Senado e por sua intimidade com situações não tão lícitas assim.
Importante destacar que Rodrigo Pacheco também começa a se desgrudar do chefe. Ele poderia ter aberto a CPI depois da decisão do pleno do STF, porém, preferiu marcar território em seguida à decisão do ministro Barroso, dois dias antes.
Já há quem diga que ele investe em seu próprio nome para 2022. Com seu jeito vaselina e conciliador, pode vir
a ser a tal alternativa de Centro, quem sabe...
Voltando ao tema original, ainda não
há pistas claras do que virá quando o Senado abrir enfim a CPI da Pandemia,
pelo simples fato de que as circunstâncias são novas, diversas dos impeachments de Dilma e de Collor. E também não há certeza de quem serão os comandantes da operação.
Agora, ao contrário do que se viu no passado, o PT, enquanto partido líder da oposição, não é protagonista. Seus parlamentares têm atuado com discrição diante do governo Bolsonaro. "O PT se equilibra entre uma oposição dura que não ameace com a perda do mandato presidencial.
O MDB, tão ferido quanto o PT no rastro da Lava Jato, é também uma força com interesses diferentes do que teve", defende o Meio.
Nos anos 1990 o PT imprimia mais agressividade às CPIs e nos anos 2000 elas perderam potência. Em meio à tragédia nossa de cada dia,
com as evidências do desastre que tem sido a gestão da pandemia traduzido pelo
crescente número de óbitos que poderiam ter sido evitados, a CPI surge como um
feixe de esperança para estancar a tragédia.
É claro como a
água que chegamos a esse cenário por conta dos erros e omissões do governo.
Diante da cegueira ainda predominante, entretanto, será preciso provar os erros por A mais B. Eles estão todos aí escancarados. Talvez nunca tenha sido tão fácil, pela fartura de provas disponíveis.
Que o óbvio se
torne verdade à luz coletiva.
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