Se ficar o bicho come, se correr, ele pega

 



Nesse momento em que a indignação segue aos píncaros, quando se vê Pazuello negociando a Coronavac pelo triplo do preço - embora dissesse na CPI que ministro não negocia vacinas -, se você é daqueles que não aguenta mais a incompetência e desonestidade desse governo, saiba que já existe um projeto para eliminar o monopólio do presidente da Câmara para decretar o impeachment.

A deputada Adriana Ventura, do Novo-SP além de outros parlamentares da sigla, apresentaram o chamado projeto de resolução (PRC), que daria a Arthur Lira um prazo total de 60 dias para responder aos 130 pedidos de afastamento que descansavam em sua gaveta desde o último dia 13.

O pedido contra o presidente já poderia começar a tramitar ao receber o apoio da maioria absoluta (257) dos deputados. Alguns desses pedidos foram desconsiderados por problemas técnicos. A maioria, porém, aguardava um despacho de Lira que, assim como o PGR, joga a favor de Bolsonaro.

Assim como a proposta já era defendida por partidos de esquerda e de oposição ao governo, parte da direita também aderiu ao requerimento para tirar das mãos do presidente da Câmara o poder exclusivo de afastar Bolsonaro.

"O que discutimos é que, se a Câmara é a Casa do Povo, esta Casa não pode ficar à mercê da vontade de uma única pessoa, que é o seu presidente”, argumenta Ventura no Estadão. “Não é porque é este presidente. É qualquer presidente da Câmara. Ele tem um poder absurdo. Decide o que entra ou não em pauta, o que vai ou não para frente", completa a parlamentar.

A ideia central do projeto é estabelecer o prazo de 30 dias para a decisão do impeachment para que o presidente da Casa analise os pedidos, prorrogáveis por mais 30 dias. “O problema é não ter nada que o obrigue a fazer isto. Se ele quiser deixar anos engavetado, ele deixa", diz Ventura.

Só que a tramitação de um PRC como esse começa pela CCJ, comandada pela bolsonarista de carteirinha Bia Kicis. Ou seja, as probabilidades de ir adiante são bem baixas.

E, embora o governo fique a cada dia mais insuportável, é sempre bom lembrar que se Bolsonaro for afastado assume o general Mourão – e sabe-se lá qual será a sede dos fardados para permanecerem no poder, como aconteceu nos longevos 21 anos de ditadura militar(1964-1985).

Se a chapa for impichada poderia assumir Arthur Lira, se ele não fosse réu pelo SFT. Nesse caso, a bola da vez seria o vaselinoso Rodrigo Pacheco. Ou seja, se ficar o bicho come, se correr, ele pega...

Comentários

  1. Maria Lucia Felcker
    Já temos um governo militar no poder. Bolsonaro é tão militar quanto Mourão, pois um é capitão e o outro general, além dos milhares de militares nas mais diversas patentes nos cargos de relevância do Governo

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  2. Lucíola de Castro
    Por que apenas um parlamentar da Câmara tem tanto poder para questões da maior importância?

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  3. Meggie Santos

    Enfim estamos na merda??? Então somos obrigada a esperar o fim do mandato desse Genocida!!

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  4. Rodrigo Vieira Ribeiro
    É para cair todos e convocar novas eleições presidenciais e em seguida eleição de uma constituinte que restitua os direitos retirados pelo golpe de 2016

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