7 de setembro: nitroglicerina pura



O 7 de setembro promete. A oposição decidiu espaçar mais os movimentos Fora Bolsonaro e marcou essa data para a próxima manifestação. O presidente, por sua vez, é um poço de contradições em relação ao feriado da Independência. 

Quando transferiu sua cortina de fumaça do voto impresso ao impeachment dos ministros do Supremo – irado com a prisão de Roberto Jefferson e ao saber do encontro entre o vice, Mourão, e Luís Roberto Barroso - , convocou seus seguidores às ruas “em contingente absolutamente gigante”.

Ao mesmo tempo, partiu dele a ordem para cancelar o desfile, conforme disse o ministro Braga Netto em audiência na Câmara, assim como em 2020, "em virtude da pandemia". Diga-se de passagem, a variante Delta avança... 

O fato é que a convocação simultânea das duas falanges inimigas - é o que nos resta nesses tempos de ódio – já acendeu o sinal vermelho em São Paulo. Os grupos rivais disputam o mais cobiçado espaço do país, a Av. Paulista, embora os atos da oposição ocorram do Oiapoque ao Chuí.

Pode restar ainda o imbróglio do cantor Sérgio Reis, aquele a quem pagamos a prótese peniana com nossos impostos, queria parar o país com o apoio – negado – dos caminhoneiros e dos ruralistas da soja, que também tiraram o seu da reta para a confusão anunciada.

Já a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne partidos da oposição, movimentos sociais, centrais sindicais e conquista também adesões do Centro, se junta ao Grito dos Excluídos, de alas da Igreja Católica. Um cenário coletivo de nitroglicerina pura.

Não se sabe se as estratégias bolsonaristas já têm as digitais de Steve Bannon, a quem Eduardo Bolsonaro, o 03, foi encontrar nos EUA para participar da conferência sobre fraudes eleitorais. Bannon, como se sabe, era o Olavo de Carvalho de Trump. Agora, parece cheio de disposição para turbinar o ‘Trump dos trópicos’.

Eduardo Bananinha e Steve Bannon

O ex-presidente americano já havia passado seu bastão de representante mundial da extrema-direita a Bolsonaro, cuja família mantém um “verdadeiro intercâmbio” com golpistas, conforme o Intercept. Durante o encontro, Bannon afirmou que Bolsonaro vencerá Lula, “o esquerdista mais perigoso do mundo, um comunista”, define.

Resta saber se a assessoria desse ladrão, preso por roubar o dinheiro da vaquinha que organizou para a construção do muro entre os EUA e o México, já começa a valer. Golpe baixo à vista, todo cuidado é pouco. 

Comentários


  1. Maria Christina Monteiro de Castro
    E o Brasil não anda.... e os jovens estão desalentados e confusos. Tudo triste

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