Hipocrisia que custa vidas
Contrair a Covid em Nova York parece ter sido o desfecho de uma sucessão de trombadas do ministro Queiroga. Para agradar ao chefe – afinal, tem sido delicioso passear pelo Brasil nos aviões da FAB acompanhado de seus familiares -, primeiro ele cancelou a vacinação dos adolescentes.
Depois, ao incorporar o estilo Bolsonaro de ser, apontou o dedo médio aos
manifestantes que protestavam na segunda-feira contra a comitiva brasileira em
Nova York. E ainda cogita dispensar o uso obrigatório de máscaras, que ele próprio só usa em público ou para sair em fotos.
Por fim, a cereja do bolo. Seu nome consta do documento que acaba de ser
entregue aos senadores da CPI da Covid, descrito pelo jornalista Ricardo Noblat
como “ouro puro”.
Ele assina um dos 67 trabalhos pseudamente científicos que sustentam a
prescrição da cloroquina, outras drogas condenados pela ciência para o tratamento da Covid-19.
Com o título “Orientações do Ministério da Saúde para manuseio
medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19”, o texto foi entregue em setembro de 2020 a Pazuello, que sempre negou sua
existência.
As considerações do documento comprovam o quão frágil foi o apego de Bolsonaro à prescrição dessas drogas, como
soluções para obrigar a volta ao trabalho embora a pandemia
ainda estivesse a pleno vapor.
Entre os itens: ”Considerando que até o
momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a
indicação de terapia farmacológica específica para a Covid-19;
Considerando a larga experiência do uso da cloroquina e da
hidroxicloroquina no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças
crônicas no âmbito do SUS, e que não existe, até o momento, outro tratamento
eficaz disponível à Covid-19;
Considerando que o Conselho Federal de Medicina recentemente propôs a
consideração da prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina pelos médicos, em
condições excepcionais, mediante o livre consentimento esclarecido do paciente,
para o tratamento da Covid-19;
Em seguida, na parte das recomendações, se vê: “Em
crianças, dar sempre prioridade ao uso de hidroxcloroquina pelo risco".
Ouro puro, por sinal, é o documento somado ao tratamento precoce defendido por Bolsonaro na Assembleia da ONU e às mortes por Covid subnotificadas pela Prevent Senior.
Cesar Pinho Dos Santos
ResponderExcluirSó vergonha dessa corja que temporariamente ocupa cargos importantes.
Artur Silva
ResponderExcluirSenior Key Account Executive - São Paulo - Private/Public Market
Vergonha
Francisco S. Machado
ResponderExcluirDesenvolvimento de Negócios na Horizon Consórcios
Quarentena se 14 dias em hotel de luxo em New York, diária de R$30 mil. Adivinha quem paga a conta? 👏👏👏
Pois é, e ainda ficam inventando mais impostos, sem devolver nada que preste
ExcluirVivemos num país presidido por uma figura bizarra com extrema tendência psicopata expressa numa preversão acentuadamente criminosa. Diante dos representantes mundiais na ONU deixou clara essa sua característica destrutiva
ResponderExcluirQueiroga tá melhor que a encomenda!
ResponderExcluirAndrea Ortiz
ResponderExcluirNojo!!