À mercê da Teologia do Domínio
Quando
ouvimos a Primeira-dama falar em guerra do bem contra o mal, dos demônios que
povoaram o Planalto, ela adequa o seu ‘crentês’ à Teologia do Domínio, ou
reconstrucionismo, que também impregna os evangélicos neopentecostais seguidores de Donald Trump.
A estratégia nasceu do pastor presbiteriano Rousas John Rushdoony (1916-2001), que pregava uma educação cristã formadora de líderes em áreas estratégicas da sociedade.
Suas ideias foram incorporadas pelo Partido
Republicano nos anos 1970, em discurso nacionalista e ultraconservador.
O objetivo é reconquistar os Sete Montes: Família (papai, mamães e
filhos), Religião (evangélica), Educação (não
laica), Mídia (ligada a esses valores), Lazer, que siga os ideais
religiosos, Negócios (por fieis para financiar a estratégia) e Governo, que se
identifique e adote tais propósitos.
Em meio
à baixa popularidade do Presidente identificada nas pesquisas, como se tem
visto, Michelle – legítima evangélica - foi alçada a garota propaganda para atrair
votos nesse segmento. Apesar dos resultados iniciais, porém, ela não tem conseguido
reverter a partida a favor do marido.
“A
Teologia do Domínio tem um abordagem pesada: é preciso tirar o diabo do poder, e dominar o poder político pelos ungidos do Senhor, como é o discurso da Michelle”, aponta Pietro
Nardella-Dellova, doutor da Religião da PUC-SP, ao site Congresso em Foco.
Para reagir
ao pacto, o Senhor ungiu o “mito”, o “Messias”. O
mandatário, transformado em homem ungido que veio para libertar, exibe imagens de
seu batismo no Rio Jordão (foto) pelo pastor Everaldo (preso em 2020). Enquanto o papel
da Primeira-dama é o de serva do Senhor.
"Na
lógica da Teologia do Domínio, os servos do Senhor devem tomar o poder. Tomando o poder, a Nação será consagrada ao sangue do
Cordeiro", explica Dellova.
A desvantagem
que as pesquisas continuam a demonstrar na disputa contra Lula, contudo, levou a cúpula da campanha a transformar a campanha eleitoral
em guerra santa. Tanto é que o mandatário viajou a Londres com um pastor evangélico e um padre católico conservador.
A equipe achava que essa poderia ser uma estratégia vitoriosa para
rebater escândalos como o do Ministério da Educação, da compra de vacinas
investigadas na CPI da Covid, das denúncias de 'rachadinhas' e aquisição pela família de imóveis em espécie, que esvaziariam o
discurso anticorrupção.
Só que,
apesar dos evangélicos representarem cerca de 70 milhões dos brasileiros, os números continuam
a favorecer o adversário. Pelo visto, não há santo capaz de dar jeito nos
resultados das eleições de outubro.
O povo passa fome e a religião neopentecostal não enche barriga e ainda subtrai o dinheiro dos pobres para o "senhor" pastor.
ResponderExcluirMariliz Ribas
ResponderExcluirEm outubro Adeus o pior presidente do Brasil! ForaBolsonaro
Felipe Albano
ResponderExcluirNão esqueçamos a Dilma. Sai o pior e entra o segundo pior. Desde 2003 estamos aturando esses energúmenos
Luciano O.
ResponderExcluir-🤣🤣🤣
Meri Laite
ResponderExcluirCena mais patética de de dois patetas.
Nelson Franco Jobim
ResponderExcluirEdgar Ferreira Que Foro de São Paulo! Isso não existe mais. A ameaça hoje é o fascismo.
Zebeto Fernandes Rodrigues
ResponderExcluirtexto muito bom...
Obrigada!
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ResponderExcluirLucia Vasconcellos
ResponderExcluirDesconhecia essa Teologia do Domínio. Ótimo texto. Faz todo sentido
kamilla S
ResponderExcluirCanalha
Felipe Yoshio Cordeiro de Souza
ResponderExcluirO Mão Santa do Sarney?