O candidato das milícias
Não são apenas as
relações promíscuas do Presidente e de sua família com Fabrício de Queiroz e
Adriano Nóbrega (foto) – ambos eram amigos, o primeiro teria sido operador das
‘rachadinhas’ no gabinete de Flávio e o segundo foi condecorado pelo
primogênito quando estava na cadeia.
Sobre ligações da milícia com a sua eleição em 2018, o capitão – que tem
o hábito de atribuir a terceiros as suas barbaridades – reagiu: “Pega minhas
votações no Rio e vê se tem alguma concentração em milícia?”
Pois bem, o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos e da UFRJ, em
produção do Labcidade FAUUSP, resolveu checar a informação. Os resultados,
claro, só fizeram confirmar o que já se sabia: a preferência dos milicianos
pelo capitão.
Foi mapeada a votação do Presidente em 2018, que aparece em extensas
áreas na Taquara, Campo Grande, Santa Cruz e municípios vizinhos à capital,
como Itaguaí.
Os endereços dos locais de votação do Tribunal Regional Eleitoral
Fluminense, além de dados dos boletins de urna do TSE, indicam que o capitão teve
percentagem de votação acima da média nessas áreas ainda no primeiro turno.
Enquanto na Região Metropolitana do Rio ele teve 53,8% dos votos,
incluindo brancos e nulos, nas áreas sob a influência das milícias a média foi
de 55,7%. Em parte de Itaguaí e Campo Grande a proporção chegou aos 65%,
ficando atrás apenas da Barra da Tijuca e da Vila Militar, onde o percentual de
votos passou de 80%.
Já no segundo turno, o mandatário venceu praticamente em todas as áreas
da cidade. Sua vantagem foi acima da média, justamente, nas áreas sob controle
das milícias, em regiões no entorno de Santa Cruz e Campo Grande.
A disputa acabou mais acirrada no Centro do Rio e de Niterói, em
áreas como Cidade de Deus, Vidigal e Rocinha, onde o Presidente chegou a perder
para seu adversário, o petista Fernando Hadadd.
Quer dizer, a associação do Presidente a milicianos nada tem de
gratuita. Muito pelo contrário. Assim como pode ajudar a responder a pergunta:
quem mandou matar Marielle Franco?
É inacreditável… Políticos - eleitos por uma população que tem na segurança física um de seus maiores anseios - condecorarem quase vinte policiais presos por denúncia de fazerem parte de organizações criminosas. Uma tapa na cara da sociedade. Um prenúncio de como o pai desses dois agiria na presidência, afrontando o poder judiciário dia sim, dia também. O cara que matou Marielle e seu motorista era vizinho de porta do presidente. Sua filha namorou o filho mais novo do presidente (ou, numa colocação bem própria dos minions, foi comida por ele que, de resto, aproveitou para se vangloriar de ter comido o condomínio inteiro…). Um dos condecorados, intimamente ligado a essa família lombrosiana, foi trucidado pela PM da Bahia. Numa operação com todas as indicações de queima de arquivo. Tudo parece muito óbvio. Mas, com as instituições que temos, existe chance disso ser deslindado?
ResponderExcluirEnqto o inominável for presidente nada acontece, simples assim
ExcluirO delegado de quem a PF apreendeu o celular tinha um comentário no mínimo inusitado e estranho se referindo ao assassinato de Marielle: certo o sepultamento foi no cemitério...e a comemoração será aonde? Essa gente é ligada ao 01.
ResponderExcluirSó faltam as provas, mas como as investigações estão interrompidas, quem sabe anda para a frente com derrocada do inominável?
ExcluirEliane Lima
ResponderExcluirIsso vai acabar em breve!!!!
Ufa!!!!
ExcluirRonaldo Aguiar
ResponderExcluirEssa familicia sempre foi muito unida
Nesse ponto eles nunca perderam a coerência
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