Destino inevitável

 


Na balança das diferenças e semelhanças entre Javier Milei - o candidato com mais intenções de votos nas eleições de hoje na Argentina – pode-se dizer que ocorre lá algo não muito diferente do bolsonarismo.

A conclusão é do filósofo e colunista Pablo Ortellado. Além de acompanhar de perto as tendências do pleito, coordenou uma pesquisa de opinião entre os apoiadores de Milei presentes ao seu comício de encerramento, na quarta-feira 18.

Ao contrário do inelegível, que prioriza a pauta de costumes, o argentino sempre bateu na tecla da Economia. E vende a dolarização como alternativa à crise de pobreza que devasta o país. “É equivocado pensar que o voto em Milei é de protesto, ao contrário, é de esperança”, defende Ortellado.  

O candidato se classifica como um “paleolibertário”, que mescla o liberalismo econômico ao extremo conservadorismo moral, tendência que tem crescido durante a campanha.

Ele ataca a educação sexual nas escolas, reduz a estimativa de militantes de esquerda assassinados pela ditadura, defende a posse de armas pelos ‘cidadãos de bem’, além de rever a legalização do aborto e punir com rigor o consumo de drogas.

Algumas diferenças em seu último comício, porém, saltavam aos olhos. Enquanto os bolsonaristas têm majoritariamente entre 40 e 50 anos, lá, 70% dos participantes eram menores de 34 anos. Milei conseguiu romper a regra dos pobres que votam no peronismo e da classe média no antiperonismo.

Ele come por todas as beiradas...

Entre os participantes, 71% concordam com a afirmação “os direitos humanos atrapalham o combate ao crime”. E a maior das semelhanças: 96% acreditam na tese “a internet permite descobrir verdades que os jornais e a TV querem esconder”.

Ou seja, não é a toa que Eduardo Bolsonaro, o 03, estará hoje na Argentina defendendo seu representante nas eleições. Chance de sair do buraco em que a extrema direita se enfiou.

Apesar de torcer por Sérgio Massa, em segundo lugar nas pesquisas, me parece óbvio que o ministro da Economia – principal responsável pela crise nunca debelada -, apesar de seu carisma e ousadia, não consegue vencer.

A torcida existe por não desejar nada que possa favorecer o bolsonarismo, essa praga que nasceu no Brasil, deu ruim aqui e seria um pesadelo se vier a se alastrar.

 

Comentários

  1. Adolfo Lopez Carbonell
    Aguardo q. os manos, Argentinos. vejam os 4 anos perdido n, Brasil c. bolsonaro é um sem noção, SORTE,

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    1. Vão precisar mesmo de muita sorte se elegerem esse descompensado

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  2. Georges Azzam
    O pior é que só acontecem uns M e outros M votam neles

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  3. Airton Genaro
    Pois é, como diz a sabedoria popular "o que é um peido para quem está cagado"...

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  4. Rodney Malveira
    Propaganda eleitoral presidencial nas TVs da Argentina…
    Um misto de vergonha e ódio.
    Imagem de Bolsonaro que se transfigura em Milei, falando que a tragédia que foi o primeiro pode tb ser a tragédia do segundo

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  5. Cristina Reis
    Não chores por mim, Argentina.

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  6. https://data.worldbank.org/share/widget?indicators=NY.GDP.PCAP.CD&locations=AR-BR-1W&start=2015%22

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    1. Será que a Argentina está mesmo com mais problemas econômicos do que o Brasil ou isso é uma farsa dos analistas econômicos dos oligarcas dos meios de comunicação? Podemos comparar a evolução do PIB per capita do Brasil, da Argentina e do Mundo, confrontando a diferença dos valores dos países com o PIB per capita mundial. Assim, pode-se verificar como o Macri pegou Argentina (dez 2015) e como ele devolveu o País em 2019. E, também, como o Fernández recebeu o país (2019) e como a economia da Argentina evoluiu durante o Governo dele, até 2022. A mesma avaliação pode ser feita com o Governo do Brasil, de 2019 até 2022. Ou seja, como a extrema direita recebeu (2018) e devolveu o país, em 2022. Os dados são do Banco Mundial e podem ser confirmados no site da Instituição. O gráfico acima é interativo, o valor (US$) e o ano aparecem quando se encosta o dedo nos pontos da linhas do Gráfico.

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  7. Fernando Veiga Barros e Silva
    Se a Argentina eleger esse pateta, chamado Milei, ela pode dar adeus aos próximos dez ou vinte anos...

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  8. Elias Alves Moreno
    Que pena que servi de inspiração para alguém que representa na sua, fizemos que será um ditado pessoas de verdade sabem conhecer o que é bom para um país deu erro (???)

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  9. Alfredo Teixeira
    "Apesar de torcer por Sérgio Massa, em segundo lugar nas pesquisas, me parece óbvio que o ministro da Economia – principal responsável pela crise nunca debelada -, apesar de seu carisma e ousadia, não vence". E, aí, o filósofo Nostradamus fica com cara de tacho.

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    1. Ainda bem que eu estava errada, embora tivesse deixado bem claro que não torcia pra esse esquisito

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    2. Alfredo Teixeira
      Celina Côrtes sim, deixou. E, na verdade, o prognóstico da vitória do Milei foi do filósofo e colunista. Vamos esperar que o resultado prevaleça no segundo turno.

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  10. Elia Alves Moreno
    Que pena que servi de inspiração para alguém que representa na sua fizemos que será um ditado pessoas de verdade sabe conhecer que representa o que e bom para um país seu erro

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  11. Alcebiades Abel Filho
    Analisando todas essas narrativas, percebe-se uma característica singular em todas as nações: o analfabetismo político do povo produzido pela desinformação da mídia e a subserviência de uma política econômica internacional que deixa os países periféricos sem saida.

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    1. Alcebiades Abel Filho
      Celina Côrtes infelizmente vivemos em um momento de integração global com um sistema de comando único, tutelado pelos donos do poder. Os donos do mundo,

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