Vencem a esquerda e a democracia
Para um país que vive o desespero da inflação anual de
138,3% - o índice de setembro, 13,9 pontos acima de agosto -, seria natural que
o povo desesperado votasse no populista que promete a mágica da dolarização da Economia.
E seria difícil, também, que priorizassem o segundo candidato nas pesquisas de opinião até domingo, que vem a ser o ministro de Economia.
Embora ele tivesse herdado a crise de sucessivas gestões, não conseguiu
debelá-la.
Seria, portanto, difícil acreditar nele.
Animado com a popularidade do aliado, Eduardo Bolsonaro, o 03,
como se sabe, viajou de malas e bagagens para a Argentina para tentar
fortalecer a candidatura da direita. Sobretudo após a derrota sofrida pelo papai aqui.
Só que, para minha mais completa alegria, os hermanos terão
segundo turno, em 19 de novembro. E o candidato peronista saiu na frente, ao contrário das previsões.
O economista Alexandre Schwartsman, do Banco Central brasileiro, disse ao Estadão que acha muito difícil a dolarização dar um jeito na Argentina. “Não
há condições para fazer isso, porque a Argentina não tem dólares suficientes”, argumenta.
O
caminho, segundo Schwartsman, seria a desvalorização da moeda para equilibrar a balança de pagamentos, seguida de aperto da política fiscal para não trazer
mais inflação. “Seria a sequência ideal, o que eles provavelmente
vão tentar é algum atalho”, prevê, o que poderia prejudicar ainda mais o país.
Desde
pequena ouvia dizer que a Argentina é um país rico, com petróleo, trigo e
elevado nível educacional. Depois também passei a ouvir que a política destruiu
o país...me falta conhecimento para formar uma opinião sobre esse
caos.
Porém,
é um grande alívio saber que Javier Milei ficou em segundo lugar – será que os
argentinos conseguem acordar para a enganação que representa essa
criatura? – e resolveu dar mais uma chance à esquerda e à democracia.
E a Sergio Massa (foto).
Nesse contexto, não poderia ser mais saboroso saber que a TV argentina cortou a entrevista do 03 quando ele tentava vender a ideia de armar a população, também defendida por Milei.
O
inelegível pode ter perdido aqui por um número pequeno de eleitores, porém,
apesar do país ainda estar polarizado, fica cada vez mais clara a roubada em
que tínhamos nos metido.
A
Argentina parecia ir pelo mesmo caminho, contudo, eles ainda têm tempo para ver o
que aconteceu no país vizinho e escapar do pesadelo maior.
Esse maluco equivocado não ganha
ResponderExcluirAssim espero, mas ainda não estamos livres dele!
ExcluirZebeto Fernandes Rodrigues
ResponderExcluirA Argentina no vocabulário baiano é Massa!
Bernardo Vilhena
ResponderExcluirO debate político em alguns canais da televisão argentina mostra um jornalismo independente, comprometido com a liberdade de imprensa e averso à ditadura. A maneira como o 03 foi cortado e a crítica imediata dos apresentadores é comum em alguns programas.
Eles estão à nossa frente em alguns quesitos, esse é um deles
Excluirarcio F. BotelhoVer perfil de Marcio F. Botelho
ResponderExcluir• 1º
Consultor Senior em Projetos de Energia Elétrica Independente desde Agosto de 2020
1 h
Políticos populistas, especialmente os de extrema-direita, são como abutres ou hienas. Esperam as crises políticas para se aproveitarem e buscando as ideias mais radicais e irracionais para seduzir as classes sociais desesperadas e ignorantes. O que se esperar de um candidato que diz que segue conselhos do espírito de seu cão falecido ?
É óbvio que a Argentina precisa de um reforma econômica de base ao estilo Plano Real. Aliás, apesar da incoerência apontada pelo Alexandre Schwartsman, a “dolarização” da economia Argentina faz algum sentido se ela for feita indiretamente tal como foi feita no Brasil. Não nos esqueçamos que 1 URV equivalia a 1 Dólar. A âncora foi o dólar durante muito tempo até a crise cambial. Se pensarmos que a moeda forte hoje na Argentina é o Dólar acho que isso é coerente. Mas será que Milei teria capacidade para detalhar um plano desses ?
Analistas econômicos citam vários itens para provar que ainda não é hora de dolarização para a Argentina, como tivemos a nossa URV. Eles podem até chegar lá, mas antes têm de passar por um processo
Excluir
ResponderExcluirMiguel Francisco Hatzlhoffer
Um dos problemas da Argentina é conseguir captar dólares para saldar as contas correntes das empresas e do governo. Imagina se dolarizar.
Pois é...
ExcluirFábio Silva
ResponderExcluirVerdade!
Rosangela Veiga
ResponderExcluirFruta podre nunca cai longe do pé, tal pai tal filho, dois 💩💩 fascistas
Airton Genaro
ResponderExcluirPois é, como diz a sabedoria popular "cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça"...