Agenda 2030 sob ataque da extrema direita

 


Enquanto assistimos atônitos às investidas conservadoras do nosso Congresso, a extrema direita mundial começa a partir da teoria para a ação do desmonte da Agenda 2030, plano da ONU para criar um desenvolvimento sustentável mundial.

O alerta é do jornalista Jamil Chade. Em 2015, governos de todo o planeta criaram 17 metas a serem perseguidas até 2030, que incluem a erradicação da pobreza extrema, a garantia de educação, o uso correto dos recursos naturais e fortalecimento dos direitos humanos entre outros.

Esta passou a ser a espinha dorsal dos esforços internacionais de desenvolvimento, a fim de galgar um inédito salto qualitativo mundial até 2030. E o desmonte deste projeto virou bandeira da extrema direita, para ela, “plano globalista para minar soberanias nacionais e destruir famílias."

Lembra os argumentos ensandecidos do ministro Ernesto Araújo do inelegível nas Relações Exteriores...

Para isso, entram em cena as ofensivas de desinformação e teorias da conspiração, como a que sugere que a pandemia não existiu e não passou de ferramenta para a entrada em cena da agenda progressista globalista.

A educação de qualidade seria um caminho para “doutrinar” crianças" e a igualdade de gênero a “destruição de famílias”. Em 2021, discurso no Parlamento espanhol da deputada Magdalena Nevada del Campo, do partido Vox, alegou que "o globalismo —ou a Agenda 2030— não apenas não interessa aos patriotas, como destrói a soberania das nações".

As mudanças climáticas estariam entre as falsas ameaças da  Agenda 2030, por exemplo. 

Na semana passada, Javier Milei deu o primeiro passo nessa direção, ao apagar todos os compromissos da Argentina com a Agenda 2030 de seu programa de política externa.

A passagem argentina da teoria à prática preocupou o governo brasileiro sobre a real capacidade da extrema direita sabotar a agenda internacional. Pode ter sido o início de um processo mais abrangente, capaz de ganhar mais corpo com a influência maior exercida por eles no Parlamento Europeu e com uma eventual eleição de Donald Trump nos EUA.

Lula aproveitou a reunião do G7 para discutir com Macron, da França, e Olaf Scholz, da Alemanha, a necessidade de se construir um “front democrático”. Por enquanto, contudo, apenas no plano das ideias. É assustador.






Comentários

  1. Airton Genaro
    Pois é, por sorte ou talvez sabedoria os países com grande poder de influência na economia mundial como China, Japão, Índia não se importam com as ideologias políticas retrógradas...

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  2. José Rios
    Que pesadelo, não é possível serem maioria e maiores que a lógica, o conhecimento e a ciência,

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    1. Jean Schleuderer
      José Rios
      Mas claro que é possível e de fato o é.
      Esta nossa Era da Informação, talvez nossa última Era, se transmutou, como passe de mágica, na Era da Desinformação e da Profunda Ignorância.
      Demos voz aos imbecis e eles não mais irão se calar.

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    2. José Rios
      Jean Schleuderer É a Era da Informação da Profunda Ignorância, ou Ignorância Ostentação. Dá trabalho, precisa estudar e pensar para estar fora disso, e sabe como é, melhor ir pelo caminho mais fácil e pertencer ao grupo dos desinformados.

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  3. Jorge Lúcio de Carvalho Pinto
    A destruição como caminho da tomada do poder

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  4. Jean Schleuderer
    Sim, assusta, estarrece, enoja.
    E não sabemos como impedir este retorno do Fascismo, agora mais abrangente.
    Pois quando aquele jovem YouTuber cristão de MG e aquela garotinha de SC com flores suásticas de adereço ganham voz e votos, nós quase jogamos a toalha.

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    1. Sim, não podemos permitir que coisas assim se naturalizem

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    2. Jean Schleuderer
      Jorge Lúcio de Carvalho Pinto
      É usual caminho este.
      Ou se destrói ou se aproveita da destruição.
      Mas disto nada se constrói que não seja nova destruição.
      Atentos, Lula e nós deveríamos estar, pois Hitler não se justificaria sem Versalhes.

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    3. Jean Schleuderer
      Celina Côrtes
      Diga-me como.
      Responda ou Te devoro.
      Nhac!

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    4. Reinaldo Müller
      Jean Schleuderer, assino embaixo o que falastes. A "caixa de Pandora" foi aberta e os ignorantes vieram à tona. Valei-me.
      Obs; vou poupá-los de chamá-los "imbecis". Pela sua escassa cosmovisão, letramento da Realidade, ausência de senso crítico, deixaram-se manipular por um líder hashtag#fascista, ignóbil.
      Muitos deles estão "puxando cadeia pesada", e o inelegível está livre, leve e solto. Usou seus seguidores como "boi de piranha".

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  5. Moises Augusto
    A Extrema Direita coloca em prática, a Esquerda so fica nas cartas de intenções.

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    1. Infelizmente tem sido assim, a esquerda precisa tirar o salto alto o quanto antes

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  6. Moises Augusto
    É triste de constatar que a humanidade estagnou no seu processo evolutivo, e agora começa a retornar ao período das trevas.

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  7. Julio Vasconcellos
    Não conseguirão mais construir um front democrático de centro esquerda ou centro, perderam o bonde da História. A direita, e pior, extrema direita, são a realidade.

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  8. O mundo democrático está em perigo, sofrendo ataques de quem tem a cabeça na Idade Média e no caso do Brasil implantar aqui um regime formado por neopentecostais violentos semelhante ao talibã. Na Europa ainda creio que com o exemplo do nazismo as populações reajam e rejeitem esses crápulas.

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  9. Reinaldo Müller
    Jean Schleuderer, assino embaixo o que falastes. A "caixa de Pandora" foi aberta e os ignorantes vieram à tona. Valei-me.
    Obs; vou poupá-los de chamá-los "imbecis". Pela sua escassa cosmovisão, letramento da Realidade, ausência de senso crítico, deixaram-se manipular por um líder hashtag#fascista, ignóbil.
    Muitos deles estão "puxando cadeia pesada", e o inelegível está livre, leve e solto. Usou seus seguidores como "boi de piranha".

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  10. Fernando Veiga Barros
    Quanto ao nosso vizinho, não há que se ter preocupação: o antídoto é o próprio tempo, que se vai encarregar de demonstrar quão equivocadas são as políticas fundadas na visão plutocrática de mundo. O que tem funcionado, na Argentina, é uma consequência simplória da aritmética social: os resultados econômicos serão tão duradouros quanto é efêmero o castelo de cartas, levantado com base na miséria ostensiva de todo um povo. E não há nada de social nisso. A Argentina, hoje, não tem mais um mercado interno, uma economia doméstica. É simples, assim. O sacrifício do povo argentino, que funciona agora como bucha de canhão, era a última opção do liberalismo-populista. Essa opção, agora, acabou. Não dou até o final deste ano para o trem descarrilhar....

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