Amanhã tem ato contra anistia no Rio

 

Foi dada a largada ao movimento das ruas contra o projeto de anistia. Ontem, no início da tarde, foram 6,6 mil participantes na Av. Paulista (foto) segundo avaliação da USP (cerca de mais duas mil pessoas que no último ato da esquerda, em 15/11/2024), na convocação de Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Amanhã, o palco será a Rua da Relação, no Centro do Rio, em frente à antiga sede do Doi-Codi, a partir das 15h. O grupo vai seguir em caminhada rumo à ABI, na Rua México, Centro. A variedade de eventos convocados ontem no Rio não passou de um esquenta para este evento de amanhã.  

Ontem, o ato teve a presença de Boulos, Érica Hilton (Psol-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), que defendem investigações rigorosas e punições para todos os responsáveis pelos atos antidemocráticos. A proposta é pressionar o Congresso a não aprovar legislações que liberem os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, no 8 de janeiro.

Que agora a oposição quer fazer parecer um passeio no parque. Quando se sabe que todo aquele quebra-quebra era a última tacada de uma série de eventos que pretendiam derrubar Lula do poder, como se viu na delação da PGR e na transformação – na semana passada – de Bolsonaro e outros sete acusados réus em tentativa de golpe.

Que precisa ser punida – o que ocorreria pela primeira vez em nossa história –, para que novas tentativas não voltem a se repetir. Só para citar um exemplo: o general Augusto Heleno - que está entre os sete transformados em réus - articulou um golpe da extrema direita contra Geisel, em 1977.

Heleno era o ajudante de ordens – o mesmo que Mauro Cid era para o Inelegível – do truculento general Silvio Frota, que considerava Geisel “comunista". 

Partiram dele ações como os atentados às bancas de revista, à OAB – que matou a secretária D. Lyda Monteiro – e a bomba do Riocentro, que teria matado milhares de jovens se não tivesse explodido no colo do tenente Guilherme do Rosário, dentro de um Puma, em abril de 1981.

Carro esportivo cujo último exemplar foi vendido em 1995.

Faixas, cartazes e discursos deram o tom ontem do apelo por justiça, com manifestantes entoando palavras de ordem e músicas contra a impunidade em SP, que centralizou o movimento, simultâneo a outras sete capitais, como o Rio.

Aqui, a manifestação foi distribuída em seis diferentes endereços, cujo principal objetivo foi distribuir panfletos e convocar as pessoas para o ato de amanhã. Não podemos relaxar nesse momento: sua presença é fundamental!