O que falta para regular as redes sociais?
Ontem
assinei o abaixo-assinado “Internet sem regulamentação MATA”. Enquanto
continuamos a viver uma disputa entre os poderes, com o Legislativo
sequestrando do Executivo a prerrogativa constitucional de controlar o
Orçamento da União -, além de perder tempo com discussões vazias sobre a
Anistia, não faz o que lhe cabe: impor limites ao território livre das redes
sociais.
Sob o
falso argumento de "censura".
E, a
cada vez que o Judiciário tentou fazer alguma coisa, era acusado pelo Congresso
de se meter onde não devia. Realmente, a regulamentação das redes sociais é um
atributo do Congresso que, até por razões pessoais dos parlamentares, só faz
empurrar a urgência com a barriga.
A
cada vez que acontece uma tragédia – já foram aquelas matanças em escolas
públicas e agora o país vive a comoção da morte da menina Sarah Raissa Pereira
de Castro (foto) em Ceilândia, aos 8 anos, supostamente por participar de um
desafio na Internet que a levou a inalar um desodorante.
A
novela já se arrasta há muitos anos. Em maio de 2023 o então presidente da
Câmara, Arthur Lira, retirou de pauta a votação do PL das Fake News,
cujo relator, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se debruçava há cinco
anos sobre o tema. Silva foi afastado por Lira da relatoria, que criou um
grupo de trabalho daqueles que jamais trabalha, tanto que até hoje em nada
resultou.
Na
época, a motivação de Lira foi o ataque do bilionário Elon Musk – braço direito
de Donald Trump para destruir os EUA, agora afastado do governo – ao ataque de
Alexandre de Moraes contra seu X, o antigo Twitter. A
medida de Lira foi um colírio para Musk, enquanto Orlando Silva reagiu:
“Os
movimentos de Musk agradaram à extrema direita brasileira que é contra
qualquer tipo de regulação. Para eles, não se mudam as regras do jogo quando se
está ganhando".
Qualquer busca no X ou no TikTok leva
a publicações que exaltam atiradores que invadiram unidades de ensino. Uma
delas ocorreu em março de 2023, quando um adolescente de 13 anos invadiu uma
escola na Zona Oeste de São Paulo, matou a professora e feriu outras cinco
pessoas.
E a sociedade civil continua a se perguntar: o que os legisladores
esperam para dar um basta a absurdos como esses?
Ontem, Fernando Gabeira começou sua coluna dizendo que três homens foram
presos no Domingo de Páscoa porque planejavam matar um morador de rua
pela Rede Discord. E aponta o “universo subterrâneo” de
livre atuação das big techs, que só interessa à extrema direita.
Até quando?
Excelente.
ResponderExcluir😍💪🏽🪘📽️🌏🎷💥🌲🚴♀️🪂
M Christina Fernandes
ResponderExcluirÉ isso, colocar em pauta assuntos que interessem, esse é urgente, resta saber se o congresso vai querer trabalhar.
Mindinho Veríssimo
ResponderExcluirA regulamentação é necessária e urgente, que pena que interesses das big techs são aceitos pela maioria dos congressistas
Porque eles também são movidos por fake news e a eles não interessa essa regulamentação
ExcluirValéria De Lima Tamasiro
ResponderExcluirÉ revoltante esse jogo de empurra!!!
Lucimar Sena
ResponderExcluirBoa pergunta até quando? Nosso neto filhos outras crianças vão morrer pra tomarem uma providência
ResponderExcluirJorge Lúcio de Carvalho Pinto
Totalmente a favor da regulamentação das redes sociais. Há todos os motivos para que isso ocorra, a começar por evitarmos tragedias como essa da menina Sarah Raissa
Nossos parlamentares custam milhões, mas só defendem seus próprios interesses. Lembram da história dos 300 picaretas???
ResponderExcluirMeri Laite
ResponderExcluirEstes " legisladores" que ai estão, com raríssimas e honrosas exceções, têm as mãos cheias de sangue.
E quem não tem, como o Glauber Braga, corre o risco de ser cassado por sua coragem e ética
ExcluirMeri Laite
ExcluirCelina Côrtes Infelizmente, é a pura verdade.