Brincadeira de Trump quase deu ruim

 

A brincadeira de Donald Trump quase deu ruim. Após atacar as instalações nucleares do Irã – algo parecido com o que os EUA fizeram com o Iraque de Saddam Hussein (foto), a  pretexto do desenvolvimento da bomba atômica –, o presidente achou que seu anúncio de cessar-fogo daria certo .

Ou pelo menos foi o que fingiu achar.

Só que pouco após o anúncio do líder norte-americano – imaginem se àquelas alturas ele ainda posa de arauto da paz, como se nada tivesse feito para provocar o caos... – o governo iraniano negou que houvesse qualquer pacto formal, enquanto novos bombardeios atingiam Teerã.

Ontem à tarde, porém, Israel anunciou que voltará a concentrar suas tropas contra o Hamas na Faixa de Gaza (onde usa o pretexto de lutar pela libertação dos reféns quando o que quer mesmo é se apossar do abundante gás da região).

Ou seja, após 12 dias de guerra contra o Irã, voltará a perseguir os palestinos. Já o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, decretou o “fim da guerra” após o anúncio de Israel. Ufa!!!A 3ª Guerra ainda não foi dessa vez!

Ao contrário de um inocente jogo de pique e pega, Trump chegou a ameaçar o planeta com um novo conflito mundial, turbinado por armas atômicas. Embora voltasse atrás, a tensão só fez crescer. E, como se sabe, sua iniciativa de atacar um país sem a autorização do Congresso já começa a gerar pedidos de impeachment contra ele.

Ontem o presidente americano afirmou em sua rede social - a Truth Social - que tanto o Irã quanto Israel desejavam o fim da guerra. E ainda teve a cara de pau de chamar de "grande honra" destruir as instalações nucleares iranianas para, em seguida, parar a guerra.

Embora todas as partes cantem vitória, a CNN revelou um detalhe crucial: os ataques norte-americanos não destruíram o arsenal atômico do Irã. Quer dizer, depois de tudo isso agora eles vão querer mais so que nunca bomba atômica...

Como bem disse o jornalista Edney Silvestre, do alto de sua experiência cobrindo conflitos no Iraque, a guerra tem um único objetivo: enriquecer mais ainda os fabricantes de armas. E tanto Trump quanto Netanyahu sabem disso muito bem...