Nas mãos de um psicopata

 

O tão temido tarifaço – 40% adicionados aos 10% iniciais - foi anunciado ontem por Donald Trump, antes do 1º de agosto, com efeitos práticos a partir do dia 6 daquele mês. Dos 4 mil itens exportados pelo Brasil para os EUA, cerca de 700 foram poupados, entre eles a Embraer, peças aeronáuticas, suco de laranja, castanhas, minério de ferro, petróleo, etc.

Café, cacau, carne e frutas ficaram de fora, o que inevitavelmente trará sérios danos à Economia brasileira. Pouco mais leve porque nossas exportações já caíram de 25% para 13%. Para quem viu o filme sobre Trump é fácil visualizar o mau caráter, mimado, psicopata, que abandona os seus - como um certo capitão - e desiste da própria mãe.   

É inacreditável o que acontece com a democracia norte-americana, que já foi um exemplo para o mundo. Um presidente autocrata, que passa por cima das leis e decide fazer o que bem entende, segue ileso, sem reações da Suprema Corte ou do Congresso, ambos sob seu domínio.

Sob o pretexto de “lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, alega o documento. Ameaça à segurança nacional? Parece piada.  

Qual seria o peso do interesse em nossas terras raras?

Cita ainda o processo contra Bolsonaro, fruto dos esforços do Bananinha – que assumiu trabalhar para impedir o acesso da missão de senadores brasileiros ao governo dos EUA – e/ou de Suzana Cordeiro Guerra, bolsonarista e ex-presidente do IBGE, casada com um americano aliado de Trump?

Porque está claro que ele se lixa para Bolsonaro. Se preocupa, porém, com o ‘péssimo’ exemplo do Brasil de prender um ex-presidente que fez aqui exatamente o que ele, Trump, fez nos EUA. E não só conseguiu sair ileso, como inspirou o 'Trump dos Trópicos'. A democracia brasileira virou exemplo de subversão para os valores trumpistas, quem diria!

Sabemos que em um primeiro momento a medida sem pé nem cabeça despertou entre nós o desejo de lutar pela nossa soberania, o que uniu alhos e bugalhos antes inteiramente incompatíveis. Situação que caiu no colo de Lula e começou a turbinar sua popularidade.

Até o agro começou a vê-lo com outros olhos...

Claro, em efeito contrário ao desejado por Trump. Como ocorreu com o México, Canadá e Dinamarca. 

Ainda não sabemos os efeitos da maldade suprema da tal Lei Magnitsky – destinada a corruptos e infratores dos direitos humanos –, em tudo opostos a Alexandre de Moraes, o homem que nos salvou da volta da ditadura ao Brasil.