A coleção de processos do clã



Talvez a insistência de Donald Trump em cobrar anistia a Bolsonaro também venha do medo de ainda ser condenado pela invasão do Capitólio...De qualquer forma, a Revista The Economist acertou em cheio na sua capa (foto), com o Brasil ensinando aos EUA o que lhes faltou no seu 6 de janeiro. 

A quatro dias do histórico julgamento, abaixo - além da tentativa de golpe -, a coleção de suspeitas de corrupção do ex-presidente e dos seus. Na última, dados do Coaf que mostram a movimentação de R$ 44 milhões em suas contas bancárias desde 2023.

Joias sauditas (2019–2023) Descobriu-se que Bolsonaro e auxiliares se apropriaram de joias de diamante avaliadas em até R$ 16 milhões, presenteadas pela Arábia Saudita. Que o ex-presidente teria tentado vender nos EUA junto a presentes caros destinados ao Estado brasileiro.

Fraude do cartão de vacinação (2021–2024) Com o celular apreendido pela PF para investigar adulterações no sistema do SUS, descobriu-se que seus dados foram manipulados para indicar vacinação contra a Covid-19, nunca ocorrida.

“Wal do Açaí” (2003–2018) Walderice Santos, lotada no gabinete do então deputado Bolsonaro na Câmara desde 2003, admitiu ao MPF que nunca trabalhou em Brasília. Mantinha, em Angra dos Reis, uma loja de açaí.

Rachadinha no Gabinete “Valle” (2001–2018) Parentes de Ana Cristina Valle, segunda ex-mulher de Bolsonaro, foram nomeados em seu gabinete. Até 99% dos salários seriam sacados por Bolsonaro em esquemas de 'rachadinhas'.

Nathália Queiroz (2016–2018) Filha de Fabrício Queiroz, foi nomeada assessora em Brasília, mas trabalhava como personal trainer no Rio. Ela seria “funcionária fantasma”.

Rachadinha de Flávio Bolsonaro na Alerj (2007–2018) O caso surgiu em 2018, com relatórios do Coaf. Fabrício Queiroz recolhia parte dos salários de assessores e os depositava na conta de Flávio, que contratou para seu gabinete a mãe e a ex-mulher do miliciano Adriano da Nóbrega.

Imóveis em dinheiro vivo (1990–2022) O clã negociou 107 imóveis, avaliados em de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões. Ao menos em 51 operações os pagamentos foram feitos em espécie, prática comum nos esquemas de lavagem de dinheiro.

Rachadinha na Câmara do Rio por Carlos Bolsonaro (2001–2019) Em 2024, o MPRJ denunciou sete ex-assessores por peculato, acusados de devolver parte dos salários recebidos. Carlos teria embolsado R$ 91 mil em espécie.

Informação privilegiada para lucrar com a alta do dólar, anterior ao anúncio do tarifaço de Donald Trump. O pedido de investigação foi anexado ao inquérito que apura a atuação de Eduardo para chantagear o STF pela anistia a seu pai.

Operação Nexum com Jair Renan (2022–2024) O caçula de Bolsonaro foi indiciado em fevereiro de 2024 por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

Cheques de Queiroz para Michelle (2011–2016) Fabrício de Queiroz e sua mulher depositaram 27 cheques que somaram R$ 89 mil na conta da ex-primeira-dama.

É pouco ou quer mais?


Comentários

  1. Mindinho Veríssimo
    Com tudo isso, fica sempre a tristeza de constatar, nenhum da família foi ainda punido de forma exemplar. Que sejam presos...

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  2. Carlos Minc
    😟😟🫩🫩🤔🤔
    💃🏿💃🏿💪🏾💪🏾💥💥🌏🌏🪘🪘🪂🪂🦋🦋🌻🌻🙏🏼🙏🏼

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  3. Perfeito, Celina. Um 'apanhado' do histórico/cronologia - pra salvar e conferir a justiça em breve!

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