Nikolas pode ter favorecido o PCC
Quando o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) espalhou a fake news de que o Pix seria taxado pelo governo, e desencadeou violenta queda na aprovação da gestão Lula - festejada pela oposição -, ele conseguiu atrasar a fiscalização da Receita sobre as fintechs, ação que favoreceu o PCC.
A tática usada pelo grupo criminoso de lavar dinheiro nas fintechs foi detectada na quinta-feira pela Operação Carbono Oculto, em oito estados, com mais de mil agentes federais, estaduais, da Receita Federal e do MP. E chegou à Faria Lima.
Até Lula acusou Nikolas (sem citar seu nome) de agir em favor do PCC, enquanto autoridades defendem que o afrouxamento das regras enfraqueceu o combate à lavagem de dinheiro e favoreceu o PCC. O deputado esperneou com as acusações e promete processar seus acusadores.
Ontem, a
Receita voltou a exigir que as fintechs entreguem a declaração
financeira – usada para rastrear operações de alto valor, a mesma regra que
vale para os bancos.
Com isso, a
barra sujou para Nikolas. O deputado federal Reimont (PT-RJ) protocolou oficio à PGR solicitando abertura de
investigação contra o bolsonarista. Se as investigações apontarem risco à
ordem pública, Reimont pede a prisão preventiva de Nikolas.
O pedido cita ainda a prisão em flagrante, em Uberlândia, de Glaycon Ranieri de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas, com 30 kg de maconha. Segundo o colunista Lauro Jardim, a expressão ‘Nikolas ajudou o PCC’ bombou nas redes sociais. O deputado ficou em segundo lugar nos treding topics do X, citado em mais de 2,2 milhões de postagens.
A megaoperação revelou que a compra de
usinas de etanol, além da distribuição e venda de combustível adulterado, rendeu
R$ 52 bilhões ao PCC nos últimos cinco anos.
Fundos operados pela Reag Investimento - Com ações na B3 -, teriam sido usados na compra de combustíveis. Já o BK Bank teria ocultado a origem ilícita dos recursos, enquanto o Banco Genial é citado como o fundo que teria sido usado no esquema. Os três são sediados na Faria Lima.
Outro
efeito colateral da megaoperação foi a ducha de água fria na PEC da Blindagem – ou da
Bandidagem -, que pretendia livrar a cara de parlamentares de qualquer
investigação, mesmo se estiverem sob suspeita.
O texto
original, da Constituição, exigia autorização das casas legislativas para processar
deputados e senadores, porque a ditadura havia fechado o Congresso e cassado
mandatos por delitos de opinião. Foi alterado, porém, sob pressão popular, em
2001, e agora volta em versão piorada.
Caiu a
ficha de que se a PEC fosse aprovada, abriria caminho ao financiamento direto
das campanhas eleitorais dos ‘escolhidos’ pelo crime organizado - já tão ramificado em todos as esferas do país -, grande interessado nessa aprovação.
Ou seja,
não deu. Por enquanto escapamos dessa, embora ainda possa voltar - foi uma das exigências dos bolsonaristas que paralisaram a Câmara pela votação da anistia - com roupagem mais light. É a bandidagem de colarinho em ação.

Esse cara é um perigo. Um meliante que sabe usar as redes sociais como ninguém para espalhar fake news e se esconde atrás dessa sonsa carinha de anjo.
ResponderExcluirPois é, e agora está sentindo o reverso na própria pele!
ExcluirCarlim Manel
ResponderExcluirIsso é um moleque mesmo
Elaine Galo
ResponderExcluirTem que ser punido
Mariza Coutinho
ResponderExcluirSó tem canalhas.