A vitória do Tigrinho

Parece até piada. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, fez um agradecimento público a Tarcísio de Freitas pela mobilização que levou à queda da MP que aumentava impostos das bets e fintechs para equilibrar as contas públicas. (Tarcísio nega a ação).

Após o encontro com Bolsonaro, o governador de SP espalhou que seu foco seria a reeleição. Só que após a pesquisa da Quaest dessa semana, Centrão e PL fecharam acordo para bancar Tarcísio na presidência. Todos perceberam que perderam muito tempo com a canoa furada da anistia e que é hora de agir.

(Como se viu, flopou o ato pró-anistia na última terça-feira).

Como disse a colunista Malu Gaspar, quem se deu bem foi o Tigrinho, vício em apostas online que já corrói família brasileiras. (O lobby é pesado e seria liderado pelo senador Ciro Nogueira - PP-PI). Os deputados querem é que as contas se equilibrem via cortes na saúde, educação e infra-estrutura. Vínculos das fintechs da Faria Lima com o PCC? E daí?

As redes sociais chiaram pesado!

Após a aprovação da isenção do imposto de renda a quem ganha até R$ 5 mil, os deputados acharam que já é hora de apelar de outras formas de sabotar o governo e plantar impopularidade. Dane-se o Brasil. Obsceno.

Outro recente movimento nessa direção foi a autocentrada e pornográfica proposta de aumentar o Fundo Eleitoral em 390%. Quando esperava-se bom senso dos parlamentares, com redução dos valores, a proposta é inflá-lo a R$ 4,9 bilhões. Como se sabe, essa instrução foi aprovada há duas semanas pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Inacreditável!

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado pela lei 13.487 de outubro de 2017, foi uma resposta à decisão do STF de proibir doações de pessoas jurídicas a campanhas políticas, após o escândalo da Lava Jato. Só que de lá para cá, os valores subiram em progressão geométrica.

E selaram a independência dos parlamentares, que  passaram a chantagear o Executivo – já que abocanham enorme volume de recursos, antes destinados aos ministérios. Estes, por sua vez, perderam relevância. Um exemplo foi o do deputado Pedro Lucas Fernandes (UB-MA ), que recusou em abril o convite de Lula para o Ministério das Comunicações. 

Só que a grana gorda vai depender da improvável sanção de Lula.

#Congressomaiorinimigodopovo.