Democracia em transe nos EUA
A nota ao pé do post sobre Donald
Trump que publiquei no domingo não dá a dimensão do que aconteceu na véspera nos EUA: manifestações nos 50 estados do país sob o lema “No kings”,
referindo-se ao republicano como se fosse um rei, em resposta ao seu
autoritarismo. Emocionante.
“Xerife do mundo” - pelas sanções impostas a
inúmeros países pelo presidente norte-americano -, dizia outra faixa nos mais de
2.600 atos realizados, que chegaram a Londres, Madri e
Barcelona. As principais críticas atacavam políticas de imigração,
segurança, cortes de verbas para universidades e presença da Guarda Nacional nas capitais.
Em Washington, a ação se deu em torno do Cemitério
Nacional de Arlington, perto da área onde Trump planeja construir um arco
monumental enaltecendo sua própria gestão.
Os grupos progressistas “No Kings”, como o Indivisible, 50501 e MoveOn cobram transparência, respeito à democracia e limites ao poder presidencial.
A Casa Branca respondeu com ironia aos protestos pelo vídeo compartilhado no sábado à noite
nas redes, gerado por IA - o que, por si só, já é alvo de críticas -, onde
Trump aparece de coroa pilotando o jato “King Trump”, que despeja um
líquido marrom sobre os manifestantes. Ou seja, cocô.
Na trilha sonora, “Danger Zone”,
música de Kenny Loggins, o que trouxe mais críticas ao uso de imagens
manipuladas por IA nas comunicações políticas oficiais. Outra imagem também
manipulada foi a de Trump e seu vice, JD Vance, com coroas douradas e legenda: "tenham uma boa noite”, acompanhada pelo emoji de uma
coroa.
Sobre os protestos, Abigail Jackson, porta-voz da
Casa Branca, respondeu irônica, por e-mail: “Quem se importa?”. Já Trump
afirmou em entrevista à Fox News domingo que não se considera
um monarca. “Eles se referem a mim como um rei. Eu não sou um rei”, disse, em
total falta de autocrítica.
Líderes republicanos condenaram as manifestações, as quais chamaram de “demonstração de ódio à América”, enquanto culpavam os
organizadores pela manutenção do impasse orçamentário que mantém o governo
parcialmente paralisado.
Ontem, para culminar, Brandon Jonson, prefeito de Chicago,
convocou a população a uma greve geral, para
que ultra ricos e grandes corporações financiem escolas, saúde e transportes. “A
democracia sobreviverá graças a essa geração!”, bradou.
No mais, o encontro entre Lula e Trump pode acontecer este fim de semana na Malásia. E a duas semanas da COP30, o Ibama liberou a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O timing não poderia ser pior, o governo, porém, comemorou.

Mindinho Veríssimo
ResponderExcluirTrump chegará até o final do mandato?
Esperamos que não!
ExcluirM Christina Fernandes
ResponderExcluirVamos interrogar também os reis do mundo, agora com as redes sociais fica mais fácil enxergar que a máscara caiu, os EUA são de verdade uma democracia?
Dois partidos que se revezam no poder executando praticamente as mesmas coisas?
O povo de lá é levado a sério?
Trump foi eleito no início deste ano e as manifestações que vimos...
até que enfim os americanos começam a reagir às barbáries de Trump!
Excluir
ResponderExcluirJorge Lúcio de Carvalho Pinto
Multidões contra o rei Trump; isso é muito bom. Quem se importa? Acho bom se importar
Espero que seja apenas o começo!
ExcluirCarlos Minc
ResponderExcluir🤔🤔
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