Sujou para Nikolas Ferreira

 

Nikolas Ferreira (PL-MG) foi alvo na última quarta-feira de um pedido, do deputado Rogério Correia (PT-MG), para a abertura de inquérito criminal no STF que investigue as ligações do garoto propaganda do bolsonarismo com a máfia dos combustíveis em Minas Gerais.

A solicitação foi protocolada na PGR a partir de reportagem do Diário do Centro do Mundo (DCM), mostrando as falcatruas do parlamentar. Em suas campanhas para vereador (2020) e deputado (2022), o endereço que ele usou era o de um posto de combustíveis desativado em Belo Horizonte.

Cujo proprietário é a Du Pape Empreendimentos S.A. - controlada por Ciro Augusto Bergomi Picarro e Augusto Joaquim Picarro -, ligada a empresas condenadas pela Operação Mão Invisível, que investigou o cartel de combustíveis, fraudes fiscais e manipulação de preços.

Empresas sob o grupo Picarro condenadas pelo Conselho de Contribuintes de Minas Gerais por fraudes fiscais, manipulação de bombas de combustíveis, caixa paralela e sonegação de ICMS, entre outros. 

Ciro e Augusto Picarro são alvo de mais de 180 processos trabalhistas em BH, Contagem, Betim e Nova Lima, por não pagamento de verbas rescisórias, FGTS, contribuições previdenciárias e tentativas de mascarar dívidas.

Já o maior doador individual da campanha de Nikolas foi o empresário Ronosalto Pereira Neves, do grupo Mart Minas, investigado pela PF na Operação Ross, que revelou seu envolvimento com repasses ilícitos ao ex-senador Aécio Neves e à JBS.

Em agosto, Rogério Correia (PT-MG) já havia enviado à PGR o pedido de investigação no STF a Nikolas pela disseminação de fake news, favorecimento indireto à lavagem de dinheiro das fintechs, obstrução de investigação de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.

Ligado ao vídeo divulgado em janeiro por Nikolas, mentindo que o aumento de fiscalizações financeiras passaria a tributar o Pix. Que trouxe dois resultados: queda de popularidade de Lula e a desistência da Receita de taxar as fintechs.

“Essas fake news foram tão fortes que nos obrigou a dar um passo atrás e revogar a instrução normativa”, lamentou, na época, Robson Barreirinhas, secretário da Receita Federal.

E quem lucrou com isso? O crime organizado, que continuou usando as fintechs sem nenhuma taxação. Ou seja, o deputado matou dois coelhos com uma só cajadada.

É pouco ou quer mais?