Urgência que deixou de urgir
É uma
sucessão de non senses. Começamos por Flávio Bolsonaro sentindo inveja dos barcos abatidos por Donald Trump em mares sul americanos por não serem extensivos à Baía de Guanabara
(só não contaram ao senador do PL que ele também responde pela segurança do Estado do
Rio.)
Seguida da
Operação de Cláudio Castro, que matou 121, quando ao menos 17 – cada um deles
tinha pais, filhos, irmãos, parentes – sem nenhum antecedente criminal, à la
Nahyb Bukele, que prende e mata antes de saber se seus alvos são culpados.
Castro era vice de Witzel, e assumiu quando este foi afastado por suspeitas de corrupção.
Ou seja,
cuida da segurança do estado no mínimo há oito anos. De repente, descobre que o
Comando Vermelho oprime os complexos da Penha e do Alemão. E cai nas graças de
uma população exausta de tanta violência. Sobe nas pesquisas, sendo que mais de
50% não desejam uma chacina daquelas em seus próprios estados.
Cai a ficha
do governo petista, que não prima por cuidados com segurança, diante da
óbvia asfixia exercida pelo crime organizado. Em abril de 2025 envia ao
Congresso a PEC da Segurança, que desde então dorme nas gavetas da Câmara.
Ué, a
segurança não é um problema grave? Até a megaoperação de 28 de outubro, parecia
que não era. E, logo após a matança, o governo envia ao Congresso
o PL Antifacções. Com ênfase na necessidade de união de todas as forças policiais
para enfrentar o crime.
Projeto
que vai direto nas fontes de financiamento e prioriza a inteligência à
violência. Porque estamos fartos de ver chacinas que matam pobres e não trazem
soluções concretas.
Aí o que faz Hugo Não se Importa, com sua cara de bebê chorão? Escala a raposa para cuidar do galinheiro: nomeia para a relatoria Guilherme Derrite, o famigerado secretário de Segurança licenciado de Tarcísio de Freitas.
Predicados: foi expulso da Rota (a polícia que mata) por excesso de mortes em serviço; o saldo da Operação Escudo/Verão, entre julho de 2023 e abril de 2024 foram 84 óbitos; atribui mérito a um PM ao número de assassinatos que comete. Perto dele, Castro é até fichinha...
E o cara de
pau assume o PL como se pai dele fosse. A primeira coisa que faz é afastar a
PF das investigações do crime organizado. Ora ora, a quem a dupla
Tarcísio/Derrete quer ajudar? Às facções, não seria uma conclusão óbvia?
Qual teria sido o assunto do jantar entre Derrite, Arthur Lira e Eduardo Cunha na última quarta-feira? Seria um puxão de orelha na lambança do símbolo da Segurança que faz quatro propostas em uma semana e exibe sua incompetência?
O fato é que Hugo Marmotta adiou a votação do quarto projeto apresentado pelo secretário de segurança.
Não
era urgente? Será que deixou de ser?

Mindinho Veríssimo
ResponderExcluirReferente ao encontro dos 3, com democracia combalida, dá medo até de cita-los.
Maria Da Silveira Lobo
ResponderExcluirPausa para reorganizar o crime…. Achei interessante este post sobre tática de segurança pública citada num artigo da Malu Gaspar: https://www.facebook.com/share/p/19LbJC6Ng6/?mibextid=wwXIfr
Guina Araújo Ramos
ResponderExcluirSobre a foto do jantar-conluio, ter sido feita e divulgada só pode ser uma sugestão de ameaça de impeachment contra o Lula.
Por que não uma cobrança pela tarefa não realizada?
ExcluirGuina Araújo Ramos
ExcluirCelina Côrtes, sobre o Derrite? Aí não seria publicizada.
Celina Côrtes
ExcluirGuina Araújo Ramos mas continuamos ignorando o que foi dito ali...
Carlos Minc
ResponderExcluir😟😟🤔🤔
💪🏾💪🏾💃🏿💃🏿🪂🪂💥💥🚴🏽♀️🚴🏽♀️🙏🏼🙏🏼🦋🦋
ResponderExcluirJorge Lúcio de Carvalho Pinto
Muito imbróglio, mas não é a toa; querem controlar todas as polícias, afastando a Federal. Trata-se de uma nova PEC da blindagem. São os inimigos do povo que a população terá de afastar nas próximas eleições. Não podemos ser ingênuos de que isso irá acontecer como queremos. Contudo, vamos trabalhar forte para isso
Amigo, temo que os efeitos das emendas parlamentares ainda predominem em 2026...
ExcluirOdilon de Carvalho
ResponderExcluira direita brasileira vem mostrando o desespero de ver Lula novamente presidente e ai comeca o vale tudo
Por aí...
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