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Mostrando postagens de dezembro, 2025

Flávio é o candidato de Bolsonaro

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  Após longo e tenebroso inverno Bolsonaro bateu ontem o martelo: seu candidato a presidente em 2026 é o filho Flávio Rachadinhas. A repercussão imediata da decisão foi a queda da Bolsa (após sucessivas altas) e a alta do dólar (após sucessivas quedas). Ou seja, o mercado não aprovou. Seja por que seu candidato é Tarcísio de Freitas ou quem sabe até o próprio Lula.  Há quem sustente que o 01 não passe de um balão de ensaio. O Fórum Teresina , da Piauí , indicava que a aposta do capitão era no seu próprio nome. Isso porque ele acreditava que repetiria Lula, ou seja, conquistaria a anistia e a elegibilidade através da maioria do Senado que sonha para 2026. Por que, pelas regras atuais – que o ministro Gilmar Mendes tenta quebrar propondo que a prerrogativa de impichar ministros do STF passe à PGR -, o Senado pode controlar o STF. Só o ministro Alexandre de Moraes, o grande algoz de Bolsonaro, tem 43 dos 81 pedidos de afastamento na Casa. Vamos que o plano dê certo. A ta...

O outro lado da liminar de Gilmar

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  Quando o ministro Gilmar Mendes tomou a decisão liminar que limita o impeachment de ministros do STF ao crivo da Procuradoria Geral da República (PGR), respirei aliviada. É o antídoto para anular a tentativa de Bolsonaro de controlar o STF através de uma maioria no Senado. A liminar ainda passará pelo pleno do STF semana que vem. Meu pensamento, porém, foi contrário à opinião majoritária, que condenou radicalmente a decisão. Claro que o grito mais contundente veio de Davi Alcolumbre: “Uma grave ofensa à separação dos Poderes”, vociferou. A colunista Malu Gaspar chamou de nova “PEC da Blindagem”, no caso, para os ministros do STF como o próprio Gilmar, alvo de 10 pedidos de impeachment . Até Jorge Messias, candidato de Lula à vaga deixada por Luís Roberto Barroso, pediu a Gilmar que “reconsiderasse” a decisão. De minha parte, não tenho a menor dúvida de que devemos a continuidade da nossa democracia após as eleições de 2022 ao ministro Alexandre de Moraes. Que, não por ac...

Bacellar, homem do CV, é preso pela PF

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  Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Alerj, foi preso ontem  na Operação Unha e Carne da PF, suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, que prendeu o então deputado estadual TH Joias. Bacellar avisou TH Joias por telefone da operação que o prendeu na tarde anterior à ação. E ainda o teria orientado a destruir provas. É o quinto presidente da Alerj a ser preso, só que, pela primeira vez, por aliança com o crime organizado. Após o aviso, TH Joias fez uma limpa em casa e providenciou a mudança que usou até um caminhão-baú para sumir com suas provas. O deputado apagou o conteúdo do celular e passou a usar um aparelho novo, onde havia a mensagem enviada a Bacellar, perguntando a ele se podia deixar alguns objetos: “Deixa isso, tá doido? Larga isso aí, seu doido”, foi a resposta. A PF apreendeu R$ 90 mil no carro dirigido por Bacellar até a superintendência da PF, onde ele acabou preso (ele fora convidado a participar de um depoimento).  N...

Ramagem nos EUA: perigo para o Brasil

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  Entre os três parlamentares fugidos do país (que custaram R$ 460 mil à Câmara em outubro), Alexandre Ramagem é o mais perigoso. Além de desmoralizar a PF e o STF – que nos têm prestado tão relevantes serviços -, ele está nos EUA de Donald Trump munido de nossas informações de segurança nacional. Moeda de troca que ele não hesitará em usar, alguém duvida? E nos ameaça enquanto chama Alexandre de Moraes de “ violador de direitos humanos” e “tirano de toga", dando continuidade à campanha iniciada pelo traíra Eduardo Bolsonaro. Sonso.    Como se sabe, o ex-candidato do PL à prefeitura do Rio usou a estrutura da  Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar  clandestinamente adversários políticos do bolsonarismo. Além de apoiar tentativas de golpe que levaram à sua condenação a 16 anos de prisão. Da qual escapou nas barbas das autoridades. (Por um triz o chefe não fez o mesmo) Ramagem  teve acesso a informações confidenciais por três anos do ...

Resquícios do autoritarismo

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  “O erro da ditadura foi torturar e não matar”. A frase de Bolsonaro foi dita quando o ex-presidente escarnecia das atrocidades cometidas pela ditadura militar, sem jamais imaginar que o feitiço poderia se voltar contra o feiticeiro. Principalmente para aqueles que perderam seus entes queridos durante a pandemia da Covid-19 – crimes que começarão a ser investigados pelo STF –, esses 27 anos de prisão são muito pouco. Ainda mais numa sala individual com ar condicionado, frigobar, televisão e banheiro privativo. E c om irrestrita disponibilidade de atendimento médico. Segundo o livro “Direito à memória e à verdade”, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, foram 475 mortos e desaparecidos durante os anos de chumbo, por sequestro, cárcere privado, tortura e assassinato. A ex-presidente Dilma Roussef tinha 22 anos quando foi presa pela Operação Oban, estrutura clandestina formada por policiais e...