Terceira via entra na guerra

 

Como se sabe, há espaço para uma terceira via presidencial entre os que não querem votar em Lula ou em Bolsonaro. Ao menos nove partidos – MDB, DEM, Solidariedade, PV, Podemos, PSL, Cidadania e Novo – que investem na alternativa à polarização em 2022 já formam um grupo de WhatsApp com esse objetivo.

Os integrantes pretendem a união dos nove em torno do nome mais competitivo antes da disputa do primeiro turno. Na mais recente pesquisa do Datafolha, o único candidato que aparece até agora com intenções de voto é Ciro Gomes. O PDT, seu partido, contudo, não faz parte do tal grupo.

Uma das apostas mais consolidadas é a do MDB em torno do nome da senadora Simone Tebet. Segundo Baleia Rossi, o partido lança até o fim de agosto o documento “Ponto de Equilíbrio”, costurado pela Fundação Ulisses Guimarães.

Segundo Baleia Rossi, Simone Tebet será o nome favorito para defender esse projeto, como afirmou ao UOL. Apesar do  destaque da senadora na CPI, o partido não pretende misturar esse desempenho à sua candidatura presidencial.

Já pesquisas solicitadas pelo PSL mostram um bom posicionamento de Datena, candidato da sigla. Também com suporte em pesquisas próprias, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta deve ser confirmado pelo DEM até setembro.

O PSDB, por sua vez, realiza prévias em novembro pela escolha entre João Dória, Eduardo Leite e Tasso Jereissatti, este último apontado como o Biden tupiniquim. O presidente da sigla até admite não ter candidato para fortalecer o Centro. Já o ex-juiz e ministro Sérgio Moro poderá vir pelo Podemos. Álvaro Dias seria a segunda opção da sigla.

O PSD de Kassab corre por fora do grupo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, hoje filiado ao DEM. Embora como bom mineiro Pacheco não assuma a candidatura, há quem dê a escolha como certa. Com seu estilo conciliador, já ficou claro que sua adesão a Bolsonaro não é a mesma do presidente da Câmara, Arthur Lira.

As peças do tabuleiro de 2022, portanto, já começam a se definir e serem colocadas na mesa.