Coincidências que não querem calar

 

Curioso como a mídia, em geral, tende a atribuir a ordem do assassinato de Marielle a milícias violentas, como que se temesse uma possível retaliação da mesma ao ser desbaratada.

Adelmo J Santiago Ramos, do grupo Somos 70 Por Cento, do Facebook, porém, levanta as estranhas coincidências que eu mesma tinha explorado com mais determinação e ontem acabei por me enquadrar na prudência generalizada...

O fato número um é o assassino, Ronnie Lessa, ser vizinho do capitão no Condomínio Vivendas da Barra. Ramos não chegou a mencionar o fato relevante do filho 04, Jair Renan, ter namorado a filha do vizinho matador.

No dia do crime, Élcio Queiroz entrou no condomínio dizendo que ia para a casa do inominável.

Outro fato em comum: tanto Queiroz quanto Ronnie Lessa eram ligados ao Escritório do Crime, cujo chefe, Adriano da Nóbrega, foi eliminado numa queima de arquivo no interior da Bahia em fevereiro de 2020.

A mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher de Nóbrega, Danielle da Costa de Nóbrega, trabalhavam no gabinete de Flávio Bolsonaro, que homenageou o miliciano com a mais importante comenda da Alerj (quando o mesmo se encontrava na prisão).

Marielle teve atritos com Carlos Bolsonaro quando ambos eram vereadores no Rio de Janeiro.

Há registros de ligações telefônicas da casa de Ronnie Lessa para a de seu vizinho, o ex-presidente do Brasil.

Marielle foi atacada pela milícia digital comandada por Carluxo com fake news após a sua morte. E bolsonaristas, como Daniel Silveira e o deputado Rodrigo Amorim (PTB-RJ), destruíram a placa da vereadora em campanha política.

Outro fato que ficou de fora da bem montada relação de Ramos: no dia do crime o porteiro do Vivendas da Barra afirmou que o carro que entrou disse estar se dirigindo à casa do capitão. Depois, voltou atrás da afirmação.

As fitas gravadas naquele dia simplesmente desapareceram.

As investigações podem ter estacionado nos últimos quatro anos por interesse dos investigadores.

Contudo, não havia motivo mais forte para congelar o crime que chocou o país e o mundo se a mais alta autoridade da República, ou ao menos seu filho, não estivesse envolvida.

Segundo a jornalista Natuza Neri, Lessa já acena com a possibilidade de uma delação premiada. Ao que parece, agora a verdade virá a tona. Doa a quem doer.