Pela Internacional Democrática

Estamos sob o ataque da Internacional Fascista, que une políticos reacionários contra o Estado Democrático de Direito. Aqui, a derrota do inelegível não conseguiu estancar o populismo extremista, que luta para revogar as ações da Justiça que podem condená-lo à prisão.

Lá fora, a turba age de forma descentralizada para a tomada do poder e desmonte das democracias, com apoio a candidatos como o capitão (Brasil), Marine Le Pen (França), José Antonio Kast (Chile), Giorgia Meloni (Itália), Santiago Abascal (Espanha) e André Ventura (Portugal).

Integram esse grupo o americano Donald Trump, o israelense Benjamin Netanyahu, Viktor Órban, primeiro-ministro da Hungria; o russo Vladimir Putin, Javier Milei na Argentina, Elon Musk, Steve Bannon, o russo Alexander Dugin e os falecidos Olavo de Carvalho e Alain Finkelstein.

Seu reacionarismo consiste em submeter o Estado laico à religião, e em desmontar os benefícios sociais que permitem ao cidadão sobreviver sem terem de se submeter às redes de proteção da família patriarcal e da igreja.

Criam ameaças inexistentes e manipulam a percepção, fabricando crises e disseminando teorias da conspiração pelas redes sociais para radicalizar o eleitorado conservador contra a ordem democrática. Incutem a desconfiança geral de que vivemos sob uma ditadura comunista.

E, como as redes sociais são sua pedra de toque, é fundamental que elas continuem desreguladas, funcionando à margem da lei. Chamam a resistência à regulamentação, o  “ativismo judicial” e a desobediência às leis de “defesa da liberdade”. Que nada mais é do que a garantia de impunidade dos que tentam derrubar a República e a democracia.

A proposta de liberdade irrestrita de opinião, que permite os discursos de ódio, é perigosa distorção das liberdades fundamentais e sabotagem à ordem jurídica democrática.

“Nesta subversão contínua, a criação de uma “Internacional Democrática” torna-se uma necessidade urgente”, propõe o cientista político Christian Lynch (foto, com quem faço o curso "O pensamento político no pré e no pós 1964", na Casa Rui Barbosa), no Canal Meio.

Ele aponta a aliança global entre governos democráticos (algo parecido aqui com as forças que elegeram Lula) como estratégias para “estreitar os vínculos de solidariedade, trocar experiências e tecnologias de combate à desinformação, e pressionar pela regulamentação das redes sociais para combater os avanços da Internacional Fascista, organizada hoje de modo muito mais eficiente.”

Assino embaixo.