Prisão de Bolsonaro na Torre de Londres

 


Era o dia 21 de junho de 2021, quando o coletivo Projections on Walls (POW) projetava na Torre de Londres o trocadilho “Jail Bolsonaro”, com o pré-nome Jair substituído pela palavra que significa “prisão”. Daquela vez, o protesto integrava a ação de outros 17 países contra o nefasto desempenho do então presidente do Brasil na pandemia da Covid-19.

“Trabalhamos em colaboração com ativistas brasileiros para mostrar nosso apoio ao povo brasileiro e ecoar seu chamado para que Bolsonaro responda por seus crimes contra a humanidade no Tribunal de Haia”, disse ao Poder360 Graeme Furley, fundador do grupo britânico.

Naquela vez, o cenário escolhido foi a Torre de Londres, que, não por acaso, sediou um presídio entre os séculos 15 e 20. O protesto se repetiu na última segunda-feira (foto), quando o pedido de prisão de Jair Bolsonaro ficou exposto por vários minutos naquele que é um dos principais pontos turísticos da capital inglesa. A provocação também foi projetada nas paredes do icônico Big Ben, na sede do Parlamento.

Mais uma vez, o nome do Inelegível voltou a ser alvo de trocadilho. De forma que o que estava sendo dito ali, trocando em miúdos, era “Prendam Bolsonaro”. Não por acaso, a ação ocorre justo no período em que o ex-presidente de extrema direita virou réu no STF. Como se sabe, ele é acusado de tentativa de golpe após ser derrotado por Lula em 2022.

A repercussão do protesto nas redes sociais só faz reforçar a imagem de criminoso que Bolsonaro carrega no exterior. E a associação de ‘jaula’ com Jair, voltou a cair como uma luva neste caso específico...

No balanço dos avanços da extrema direita no planeta – que ganhou forte reforço com a eleição de Donald Trump nos EUA -, o grupo político acaba de sofrer um violento baque. O alvo foi Marine Le Pen, ex-candidata à presidência da França, que acaba de ser condenada pelo tribunal francês a quatro anos de prisão e ficou inelegível por cinco anos.

Le Pen foi condenada por usar o dinheiro de assessores parlamentares da União Europeia para pagar funcionários do seu partido. Algo, por sinal, muito familiar ao clã Bolsonaro, com o nome vulgar de “rachadinha”.

Ela não será presa. Terá, porém, que usar tornozeleira eletrônica por dois anos e ficará outros dois anos sob liberdade condicional. Ainda cabe recurso sobre a inelegibilidade. Analistas políticos acham, porém, sólida a condenação.

E agora, quem será o próximo da lista? Trump tem extrapolado a razoabilidade – ao mesmo tempo em que destrói a fama dos EUA de modelo de democracia. Leva chances...


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