Mais um golpe dos bolsonaristas

 

Até aqui, acreditávamos que elegíamos deputados para defender os interesses da população brasileira. Certo? Errado. A tropa de choque bolsonarista não dá refresco. São tantas as tentativas de golpe que até me perco... 

Essa semana, parlamentares aliados ao ex-presidente protocolaram na Câmara três projetos de lei para revogar artigos do Código Penal que tipificam os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Não, você não entendeu errado. Bolsonaro e outros 20 são réus adivinhem por que motivo? Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Então, para livrar a cara do Inelegível e de seus asseclas, o jeito é eliminar os artigos 359-L e 359-M do Código Penal que os incriminam. Simples assim...

O primeiro projeto foi protocolado pelo deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) - cujo apelido é Largatão - na segunda-feira. Propõe "assegurar a observância dos princípios constitucionais da liberdade de expressão, do direito de reunião e da segurança jurídica". Ah bom, então tá.

O segundo é do deputado Alberto Fraga (PL-DF) - acusado de receber R$ 350 mil por firmar contrato entre empresas de ônibus e o governo do DP: "Embora seja necessária legislação penal para proteção do Estado, esse tema necessita ser melhor debatido com a Sociedade, pois os tipos penais que ora pretendemos abolir estão sendo utilizados para perseguição política", deu para entender?

E o terceiro, desta terça-feira, de Gustavo Gayer (foto, PL-GO) - que também pode virar réu por suas declarações misóginas à ministra Gleisi Hoffmann:

 “Apresentam redações vagas e abertas, carecendo de objetividade para balizar sua aplicação em conformidade com o princípio da taxatividade penal. A consequência prática dessa imprecisão é a ampliação do espaço de interpretação discricionária por parte das autoridades judiciais e do Ministério Público, o que viola o princípio da legalidade estrita, pilar do Estado de Direito”, apela Gayer.

Já o Senado articula um novo texto como “alternativa” ao PL da Anistia que tramita na Câmara, projeto que pode levar à libertação imediata de 249 condenados pelo STF, inclusive réus com penas de até 17 anos por participação no 8 de janeiro. A tentativa de interferir em processo judicial já em andamento seria uma espécie de obstrução à Justiça, como define o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Após tanta forçação de barra, qual será o próximo golpe baixo dessa turma que parece só saber defender bandidos?

Enquanto isso, na quarta feira Bolsonaro disse ao UOL que espera “um milagre”. E eles fazem de tudo para criá-lo...