Projeto para barrar espertalhões

 

O projeto 672/2024 de Chico Alencar e Tarcísio Motta, ambos do PSOL, para proibir a monetização das redes sociais de qualquer um com mandato eletivo – como o espertalhão Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo – foi aprovado semana passada pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.

Como tramita em regime conclusivo, agora o projeto só precisa passar pela CCJ para seguir para o Senado e o plenário da Câmara. Com o atual perfil dos parlamentares duvido, porém, que chegue aos finalmente. Seria um tiro dado no próprio pé pela maioria dos deputados e senadores que usam e abusam dessa monetização. 

O projeto passa a considerar improbidade administrativa no exercício de função pública qualquer vantagem econômica - direta ou indireta, de qualquer natureza – recebida por publicações de conteúdo ou em audiovisuais na Internet.

Quem recomendou e conquistou a aprovação do texto na comissão foi a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), via um relatório favorável. “É inacreditável! Tem deputado ganhando dinheiro vendendo acesso exclusivo a ‘bastidores do Congresso’ e ganhando dinheiro com conteúdos produzidos por sua assessoria”, disseram Chico e Tarcísio nas redes na aprovação do projeto.

Estaremos torcendo.

Como se sabe, Nikolas Ferreira, rei das fake news da extrema direita, coleciona votações a favor dos amiguinhos empresários e contra o povo, como o recente caso que terminou por autorizar o aumento de 9% nas contas de luz.

Aos 28 anos, filho e neto de pastores, Nikolas pavimenta sua carreira para concorrer ao governo do estado de Minas Gerais em 2026. Recente pesquisa do instituto Futura mostra que ele lideraria se as eleições fossem hoje. Seu projeto é fazer de Minas o estado mais conservador do país...

Esse ano ele prestou o favor à extrema direita de dar início à fritura de Lula com a fake news sobre o Pix, da qual o governo ainda não conseguiu se recuperar, como o rombo no INSS.

Nikolas votou contra zerar o imposto de 40 alimentos essenciais; contra o fim da escala 6X1, está sempre pronto a defender os interesses da elite enquanto posa de justiceiro com os pobres. E a população segue enganada pelo espertalhão, cuja campanha política em 2022 custou ao PL R$ 3,3 milhões, só no aluguel de jatinhos...