Bananinha supera o intolerável

 

Eduardo Bolsonaro e seu entorno de puxa-sacos superaram qualquer limite de tolerância, em movimentos que acirram a adesão de fanáticos e também afastam ex-apoiadores.

Para a Faria Lima, por exemplo, ele já deu.

Em compensação, ontem, no contra-ataque, o ministro Alexandre de Moraes bloqueou a conta e o Pix do deputado e foi pedida a suspensão imediata de seu mandato pelo deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara.

E, assim como Moraes foi tolerante com Bolsonaro - por optar pela tornozeleira eletrônica, ao invés da prisão -, os aliados do fujão, contudo, criam estratégias para garantir a extensão de sua estadia nos EUA de fazer corar.

O PL planeja ampliar sua licença de 120 para 240 dias, em projeto de Evair de Melo (PP-ES) que cria a figura do "deputado remoto", com permissão para que ele atue fora do país. Jeitinho jabuticaba que equivaleria a um professor aprovar um aluno que não comparece à escola.

O preposto de Malafaia, Sóstenes Cavalcante, líder do PL, alega que a ampliação faria “equidade” com os servidores públicos federais, que podem tirar licenças de até três anos. Desaforo com o dinheiro e a paciência públicas.

Outra alternativa seria nomeá-lo secretário estadual em governos de aliados – a exemplo de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, ou o de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo. Dudu permaneceria licenciado da Câmara com o aval da casa, sem perder o mandato.

É tanto abuso que Ronaldo Caiado (União Brasil), em Goiás, e Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais – outros expoentes da extrema direita -, já tiraram o corpo fora.

E tudo isso para quê? Para o Bananinha continuar traindo o país, levando Trump a impor sanções que podem levar ao desemprego e desestabilizar a economia brasileira, em troca da anistia a seu pai – caso inédito de perdão antes mesmo da condenação (tida como certa) – e a mais sanções a Alexandre de Moraes, a quem chama de “gângster político de toga”.

E seu pai é o quê?

Com a paciência no limite, Andrei Rodrigues, diretor da PF, pediu a inclusão de vídeos em que o 03 ataca o STF e cita o delegado da PF, Fábio Alvarez Shor, na investigação que apura se o parlamentar encostado cometeu crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O filhote que torra nos EUA os R$ 2 milhões - parte dos R$ 17 milhões que o papai angariou com os otários em doações via Pix - e é suspeito ainda de faturar o aumento do dólar, se divide entre arruinar o Brasil e se divertir com a família na Disney. E segue direitinho o receituário do capitão, com atitudes extremadas e promovendo desinformação. 

Esse é um que já devia, há muito, estar atrás das grades.