Bolsonaristas podem invadir o Senado

 

É de assustar a montagem dos candidatos para 2026 pelos bolsonaristas. Como se sabe, o ex-presidente deixou claro que para ele mais importante do que vencer as eleições à presidência em 2026 é ter a maioria no Senado.

O objetivo é inspirado na tática do presidente da Hungria, Viktor Orbán que, após perder numa tentativa de reeleição, conseguiu dominar o Judiciário a partir da maioria conquistada por seu partido no Senado e se eternizar no poder. Os senadores podem impichar juízes da Suprema Corte e dar a palavra final sobre as novas nomeações.

A lista é de arrepiar os cabelos. Além de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que entrou para o Senado depois do papai barrigar o processo que sofria sobre as ‘rachadinhas’, começamos pela hipótese de seu irmão, Carlos, entrar na disputa, pelo estado mais reacionário da federação: Santa Catarina.

Poderemos ter ainda a ex-primeira-dama, Michelle (PL), isso se o partido não optar por sua candidatura a vice-presidente na chapa da extrema direita. E Ricardo Salles (PL-SP), o único ex-ministro de Meio Ambiente do planeta alvo de processo por comercializar madeira de lei ilegal, que propôs abrir as porteiras para deixar a boiada passar em reunião ministerial.

Temos ainda a deputada Caroline De Toni (PL-SC), capaz de botar em processo de urgência a votação do PL de Sóstenes Cavalcante, que criminaliza meninas submetidas a aborto após serem estupradas. Impossível maior falta de humanidade a seu próprio gênero. Ainda falta, porém, acertar com os bolsonaristas se será ela ou Carluxo quem disputará a vaga.

Outro bolsonarista que se arvora ao Senado é Cláudio Castro (PL-RJ), que tem conseguido escapar da Justiça pelo processo contra a compra de votos que o reelegeu. O caso, porém, já está liberado para julgamento pelo TSE e pode cassá-lo. O clã oscilou entre rejeitá-lo a apoiá-lo. Venceu a segunda opção.

E temos ainda a cereja do bolo: ele mesmo, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), preposto de Malafaia, excrescência que criou o projeto contra meninas estupradas, defensor da taxação de Trump se ela levar à anistia dos golpistas – sobretudo de Bolsonaro -, um dos maiores hipócritas da Câmara Federal.

Se eleitos, seriam mais quatro potenciais senadores a se juntar aos 14 atuais representantes do PL, com mais sete do União Brasil - legendas majoritariamente bolsonaristas.

Perigo à vista!!! Se essa turma torpe conseguir entrar será trágico para o país, mesmo com Bolsonaro atrás das grades!