Quem fatura o espólio de Bolsonaro em 2026?

 

Temos acompanhado a luta dos candidatos à presidência de direita pelo butim do espólio de Bolsonaro. Todos deploráveis. Tarcísio de Freitas, por sinal, foi quem inaugurou o teatro do beija-mão do presidiário doméstico. 

E como o ex-presidente prefere um puro-sangue para substituí-lo (porque sabe que sua prisão são favas contadas), mais patética ainda é a disputa do próprio clã em se colocar nessa sucessão em 2026.

De início, o mais cotado era Eduardo, porque, ao contrário de Flávio, o primogênito, ele não tinha nenhuma pendência legal. Isso antes de fugir para os EUA e, de lá, costurar a traição ao país que gerou o tarifaço de Donald Trump. ‘Trabalho” algumas vezes enaltecido pelo próprio, depois negado – quando a ficha do ‘feito’ caiu – e assumido de novo.

A essas alturas, Dudu sabe que será preso se voltar ao Brasil. Por isso, planeja ficar por lá.

Essa 'guerra' se acirra sobretudo agora que Jair Messias está em prisão domiciliar, na ante sala da condenação ao xilindró pelo crime de tentativa de golpe para permanecer no poder. Já entre Micheque e Flávio há mais contras do que prós.

O inquérito em torno do filho 01 sobre as ‘rachadinhas’ que ele teria praticado na Alerj só foi suspenso pela influência do pai, àquela época ainda presidente do país. Nada garante que toda aquela podridão possa voltar como avalanche a qualquer momento. Porque todos os seus passos naquela direção foram delimitados pela PF e MP. É só recuperá-los.

Quanto à ex-segunda-dama, o buraco é mais embaixo. Começamos por seu entorno familiar. Maria Aparecida Firmo Ferreira, sua avó, foi presa em 1997 ao ser surpreendida com 169 ‘cabecinhas de merla’, subproduto da cocaína. Já sua mãe, Maria das Graças, foi acusada de falsificação de documentos em 1988, quando a polícia descobriu que ela tinha um registro civil verdadeiro e outro falso.

E o tio João Batista Firmo Ferreira, sargento aposentado da PM de Brasília, foi preso por acusação de participar de esquema ilegal de venda de lotes na favela Sol Nascente, em Brasília, onde ele morava com a mãe e a avó de Michelle.  

E, na semana passada outro tio, Gilberto Firmo Ferreira, foi preso – e liberado após audiência de custódia – por armazenar conteúdo de abuso infantil. Ou seja, pedófilo. Foi ele quem ensinou Michelle a fazer leitura em libras.

Sem ter nada contra mulheres que ganham a vida por seus atributos sexuais, diz a lenda que a ex-primeira-dama foi garota de programa. E seus enteados estão longe de considerá-la o melhor nome para substituir o pai – Carlos, o 02, por exemplo, não fala com ela desde que mudou-se para Brasília quando Jair era presidente, e passou a desempenhar remotamente seu mandato de vereador pelo Rio de Janeiro.

Isso sem falar que a história da criatura em questão entrou em cena após a exploração de sua tentativa de terrorismo por melhores salários quando era capitão, por enaltecer torturadores, atuar como sindicalista de militares, se batizar como evangélico no Rio Jordão e mentir a rodo...