Rumo à Papuda

 

Está chegando a hora de abrir o espumante! Em duas terças-feiras, começa o julgamento de Bolsonaro e do núcleo crucial – os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Alexandre Ramagem, Anderson Torres e Mauro Cid -, conforme agendado pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF.

As terças-feiras do mês de setembro estão reservadas por Zanin: dias 2 e 9 de setembro, das 14h às 19h, para o julgamento da ação penal da trama golpista. Já as sessões extraordinárias foram agendadas para os dias 2, 3, 9, e 10, das 9h às 12h, e 12, das 14h às 19h.

O sinal verde foi dado por Alexandre de Moraes na última quinta-feira, quando o ministro comunicou a Zanin a liberação do processo para entrar na pauta, após o recebimento das alegações finais da defesa do ex-presidente, as últimas entre os demais dos sete acusados deste núcleo. 

“Em momento algum Jair Bolsonaro praticou qualquer conduta que tivesse por finalidade impedir ou dificultar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ao contrário, sempre defendeu a democracia e o Estado de Direito”, alega a defesa, em documento de quase 200 páginas.

Afinal, é preciso mostrar o máximo de serviço em troca do provável pagamento a peso de ouro para defender o indefensável. É conhecida a convicção dos advogados de que seu cliente não deve conseguir escapar das grades.

Para a PGR, Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que articulou a tentativa de golpe e seria o principal beneficiário, se o plano fosse bem-sucedido. Segundo suas alegações finais, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas após o resultado das eleições.

A defesa contesta a acusação de liderança nos atos de 8 de janeiro de 2023. “Os invasores de 8 de janeiro, por essa narrativa, precisam de um chefe. De um líder. Nem a parcial PF enxergou essa liderança”, argumentou.  “Não há uma única prova” que vincule Bolsonaro ao chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, aos “Kids Pretos” ou à invasão das sedes dos Três Poderes”, completam os advogados.

Para a PGR, o plano “Punhal Verde Amarelo”, foi arquitetado e levado ao conhecimento do então presidente da República, porém, “que a ele anuiu.” O plano cogitava o uso de armas de fogo contra Alexandre de Moraes e a morte de Lula por envenenamento, conclui a procuradoria.

Para quem já propôs a morte de FHC não é de se duvidar...

A defesa de Bolsonaro pede sua absolvição por “ausência de provas” e porque “não há crime” nos fatos descritos pela PGR. Será que ela é cega? Só que nem mesmo o ex-presidente crê na sua absolvição, tanto que acionou o próprio Trump para tentar escapar dessa...e pelo visto não vai dar certo.