Trogloditas em ação

 

É estarrecedor acompanhar o comportamento ditatorial de Donald Trump, para quem não existem regras. Qualquer limite pode ser ultrapassado por ele, sem que ninguém esboce qualquer reação.

Quem vai pelo mesmo caminho é o traíra de Eduardo Bolsonaro, que ameaça qualquer desafeto – inclusive Hugo Motta, presidente na casa onde trabalha, ou deveria trabalhar, com sanções. Inflado por Trump.

Isso por Motta não ter posto a anistia aos golpistas e o fim do foro privilegiado para votação –  ambas medidas que poderiam ajudar seu pai a escapar da prisão.

Só que a covardia do presidente da Câmara, amplamente demonstrada por sua falta de reação ao motim do PL há duas semanas, tem limites. Sexta-feira, ele encaminhou pedidos de cassação de Bananinha ao Conselho de Ética.

As quatro representações estavam adormecidas na Mesa Diretora desde que foram protocoladas, só que o PT e o PSOL apresentaram um recurso contra o parlamentar, que está nos EUA desde março em licença e este mês volta a ser remunerada.

As alegações são óbvias: a conduta de Eduardo é considerada incompatível com o decoro parlamentar. O filho 03 teria atuado de forma contrária a nossos interesses, ao apoiar as tarifas de 50% aplicadas por Trump contra o Brasil – país que o republicano acusa de ser “um parceiro comercial horrível”, quando se sabe que seu país tem superávit com o nosso.

Além das ameaças a Alexandre de Moraes e a outras autoridades brasileiras.

Sabemos que nossa justiça não conseguirá botar a mão em Dudu enquanto ele estiver sob as asas norte-americanas. Só que o parlamentar pode ser, ao menos, cassado e parar de receber o dinheiro de nossos impostos para continuar traindo o Brasil.

Tudo isso porque Eduardo encontrou os caminhos para emprenhar os ouvidos de Trump e impor seus desejos. Nem assim, contudo, ele conseguirá mudar o destino do pai, já com julgamento marcado, à beira da Papuda.