Ciclo vicioso da destruição
Já estamos
acostumados. Logo em seguida a alguma tragédia, como as enchentes no Rio Grande
do Sul, ou aos incêndios que ardem o país, as promessas se
multiplicam.
Pois bem, a
Autoridade Climática, promessa de campanha de Lula, recentemente repetida no
auge das labaredas que infelizmente se mantêm acesas – já ficou para 2025.
É verdade
que sua criação depende do Congresso que, como se sabe, tem outras prioridades... O debate sobre a que órgão a medida ficaria subordinada não avançou e o texto
sequer foi enviado ao Legislativo.
E, para a
sorte do agro ogro brasileiro, até a lei antidesmatamento da UE, que entraria em vigor no final deste ano, também deve ser adiada para dezembro
de 2025.
O cavalo de
pau europeu foi motivado por pressões dos países exportadores, como Brasil, Indonésia
e EUA. E, para entrar em vigor, a nova legislação ainda precisa ser votada pelos parlamentos europeu e dos países membros.
Nunca se viu devastação de tal intensidade como a que varreu florestas e matas brasileiras esse
ano, com o empurrãozinho do afrouxamento dos limites ambientais impostos pelo
Inelegível e seu ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que assumiu o
cargo para passar as boiadas.
E o que
mais preocupa neste momento no quesito adiamentos é o destino que o PGR, Paulo
Gonet, dará aos inquéritos concluídos pela PF sobre os ilícitos cometidos pelo
capitão: joias, vacinas e, o mais grave, que pode levá-lo à prisão: a tentativa de golpe.
Gonet assumiu
que aguardaria as eleições municipais para se posicionar. No que prestou um
inestimável favor tanto ao PL quanto ao ex-presidente, que pôde gastar sola do
sapato país afora para defender e eleger seus candidatos.
Tanto que,
no que depender das pesquisas, as eleições favorecerão candidatos do PL e do
Centrão, enquanto postulantes ligados a Lula – que investiu em viagens
internacionais no período pré-eleitoral – ficarão para trás.
E assim os pontos se ligam, com a escolha de negacionistas que desprezam as questões ambientais, enquanto as mudanças climáticas impõem urgência para reverter a tragédia que se anuncia. Veremos os resultados concretos nos períodos de chuvas de verão e de secas de inverno.
Que tendem a ficar cada vez mais
incontroláveis, com mais danos e mortes. A memória dos eleitores, porém, é curta.
Claudio Branco
ResponderExcluirO amor venceu????
Como assim, não entendi a pergunta
ExcluirLeco Góes
ResponderExcluirO Brasil arde e nada se faz de efetivo.
Celene Fonseca
ResponderExcluirMemória curta instruída pela ganância pelo consumismo e pelo ganho. O produtivismo tornou-se incontrolável e pelo jeito que a coisa está indo vai devorar a própria terra! A seca na Amazônia está de arrepiar! Eu pensei que só as gerações futuras veriam isto (o que é tremendo!), mas agora já vejo a coisa galopando em nossa direção!
Sim, as piores previsões estão acontecendo antes do que esperavam os especialistas
ExcluirAlcebiades Abel Filho
ResponderExcluirO que mais me entristece é ler narrativas como esta de uma jornalista independente revelando os mecanismos que existe nos bastidores da política brasileira. Tudo isso prende-se ao fato dos partidos políticos e, principalmente os de esquerda, manter um total isolamento entre o parlamento e a sociedade. Depois de eleitos os parlamentares entram no sistemas de acordos e maracutaias de maneira secreta sem que a sociedade tenha conhecimento. Na realidade vivemos em uma sociedade totalmente despolitizada .
O parlamento esta , com raras exceções,
pronto para atender as demandas da classe dominante. O grande desafio da nossa "chamada esquerda " é promover uma ligação direta entre o povo e o parlamento submetendo-o as verdadeiras demandas dos anseios populares. Não sendo assim, vamos continuar como IDIOTAS assistindo um CONGRESSO usurpando os nossos diretos e nos iludindo ao afirmar que estamos em uma "democracia " .
Esta é a ASSUSTADORA realidade.
Infelizmente a esquerda no poder se acomodou, aliás já estava acomodada antes de chegar a ele
ExcluirAlcebiades Abel Filho
ExcluirCelina Côrtes exatamente. É o que se percebe.